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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

Gatolices?!

Silvestro.jpg

  

Humana Bé: Tobias, satisfaz-me cá uma curiosidade.

Tobias: De que se trata?

Humana Bé: De mais uma das vossas “estranhezas”, que sempre me intrigou. Repesquei agorinha mesmo na memória, este episódio engraçado. Em tempos que já lá vão, quando ainda vivia com minha mãe, o Nokas fazia-nos companhia. Era um gatarrão preto e branco, assim como tu.

Tobias: Ai sim? E então, o que aconteceu com o Nokas?

Humana Bé: Nos dias invernosos, nada me consolava mais do que chegar a casa, enregelada e cansada de mais uma jornada lavorativa, e encontrar a lareira acesa. Naquela época, essa bendita lareira na salinha de estar e os tradicionais sacos de água quente nas nossas camas, eram praticamente os únicos sistemas de aquecimento que possuíamos naquela velha e fria casa. Não admira que nem quiséssemos jantar na mesa da cozinha como habitualmente. Levávamos para a sala os pratos num tabuleiro e, assim aconchegadas num ambiente quentinho, saboreávamos melhor a sopa de coentros, enquanto víamos o telejornal e a novela da noite. O Nokas também não arredava o pé dali. Permanecia longas horas, todo enroscadinho no sofá ou à beira do lume, quase sem se mexer.

Tobias: Um belo quadro de família. Mas ainda não percebi nada de estranho nesta história. Nós, gatos, somos muito borralheiros. E daí?

Humana Bé: Calma, ainda não cheguei ao âmago da questão. É que os nossos pacíficos serões eram por vezes interrompidos abruptamente pelo Nokas. De repente acordava, e como que impulsionado por uma mola invisível, soltava um miado esquisito, dava um salto acrobático por sobre as costas do sofá e desatava a correr velozmente pela casa com as orelhas voltadas para trás e com a cauda eriçada. Parecia tolinho! Depois, regressava todo tranquilo ao sofá, e recomeçava a dormir como se nada fosse.

Tobias: Ahahaha, imagino o vosso espanto.

Humana Bé: Claro que, depois de nos refazermos do susto, desatávamos a rir pois tinha imensa piada. Sei que não era só o Nokas, alguns amigos comentavam que os seus companheiros gatos faziam algo semelhante. Podes-me explicar porque é que os gatos se comportam desta maneira?

Tobias: Nem todos os nossos comportamentos são “gatolices”. De facto, a maioria tem explicações bem lógicas se os analisarmos à lupa. A vossa Ciência diz que estes acessos de “folia” temporária, manifestam-se quase sempre em nós, gatos domésticos, e por uma razão muito simples. Vivendo num ambiente fechado, protegido, seguro e tranquilo, como aquele de vossas casas, a nossa energia não é muito utilizada. Por conseguinte, devemos libertar a energia acumulada. Como o fazemos? Simulando um episódio intenso de caça. Os nossos instintos naturais, mesmo não tendo necessidade de procurar presas para nos alimentarmos, estão sempre ligados.

Humana Bé: Realmente é simples de entender. Nós humanos, o que devemos fazer quando vocês “abrem as comportas” desse modo... digamos... mais entusiasta?

Tobias: Basta que noutras alturas, e sempre que possam, intensifiquem os jogos connosco, pois deste modo também gastamos energia. Entretanto, sempre que nos der aquela veneta, não fiquem preocupados e não liguem. De resto, só dura alguns minutos.

 

Texto e imagem de Isabel Brás ©2015

Gatos Versus Ratos

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Bem sei que o Jerry dos desenhos animados é um ratinho muito engraçado. E que representa uma criatura pequena (mas nada indefesa!). Contudo, não posso deixar de me compadecer do Tom, o gato que o persegue e que acaba quase sempre sendo ridicularizado pelo Jerry. Claro, que se trata apenas de fantasia e entretenimento. No entanto, deixa transparecer a mensagem de uma luta interminável entre os gatos e os ratos.

 

Esta competição teve início há bem mais de 4000 anos, e é um dos motivos pelo qual o homem e o gato começaram a criar laços. Reflectirei sobre este assunto, um dia destes. Concentremo-nos, por agora, na relação entre os gatos e os roedores.

 

Não nos esqueçamos que os gatos são, por natureza, exímios predadores da família dos grandes carnívoros. Por conseguinte, os ratos mais não são do que uma das suas presas, que podem caçar em abundância. Dentro das minhas capacidades de compreensão, procuro sempre respeitar todas as formas de vida. Os ratos, não constituem para mim uma excepção. Porém, são uma espécie que se reproduz velozmente e em grande número. Daí que os gatos contribuam para um controlo que a Natureza gere com sabedoria, de forma a que os ratos não se tornem verdadeiras pragas, com todos os aspectos negativos que isso implica.

 

Já vos aconteceu abrirem a porta de casa e encontrarem uma dádiva do vosso amigo gato a quem é permitido sair à rua por umas horas? Um rato debaixo das patas do seu orgulhoso caçador? Provavelmente sim. A mim, seguramente algumas vezes. Para além de inúmeros passaritos, lagartixas e osgas. E provavelmente, como eu a princípio, zangaram-se, ralharam-lhe e deitaram fora a peça de caça diante dele. Tudo medidas infrutíferas. Isso servirá apenas para confundir o gato, e em última instância, só conseguirão que ele se esforce ainda mais para vos trazer uma maior quantidade daquilo que não desejam.

 

Embora nós humanos pensemos que se trata de um “presente”, a verdade é que os nossos amigos peludos consideram-nos “gatos gigantes”, pelo que os animaizinhos que depositam à porta de casa ou mesmo dentro dela, significam um ensinamento. Tal como nos primeiros meses de vida as suas mães gatas lhes traziam pequenas presas vivas, e os ensinavam a capturá-las e a matá-las. O mesmo se aplica quando brincamos com eles com um rato de pano. Se lançarmos o falso rato, eles dão uma corrida para apanhá-lo e trazê-lo de volta, como fazem os cães. Lembremo-nos, todavia, que o que para nós é apenas um jogo, para eles é uma simulação de caça.

 

Texto e imagem de Isabel Brás ©2014

 

 

 

Uma Coisa Boa de 2014!

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Fomos nomeados pelo Blog A Senhora do Gatinho, que por sua vez respondeu ao desafio da Rita, autora do Blog Coisas Do Dia, para mencionar uma coisa boa, óptima, maravilhosa, fantástica que nos tenha acontecido em 2014.

 

Pois bem, aceitamos com muito gosto o desafio! Para nós, a coisa melhor que nos poderia ter acontecido em 2014 foi, sem dúvida e passamos a publicidade, a criação desta nossa “salinha” virtual para conversas sobre gatos “Velho Gato Sábio”. Mas poderemos igualmente acrescentar mais coisas boas de 2014: melhorias na saúde da Humana Bé (que tem sinusite crónica) e isso é mesmo motivo para celebrar. O Tobias ganhou uma mantinha de dormir nova, o que também o encheu de alegria. E fomos passar uns dias maravilhosos de férias, na paz e tranquilidade das paisagens campestres, que tanto nos agradam.

 

Estamos ansiosos para ver quantas coisas boas nos trará 2015. Muita saudinha, muitos afectos, muita paz e, se possível, muito dinheirinho, é o que se quer!

 

Agora, nomeamos para este desafio:

Riscas, o Gatinho Amarelo

Bolinhas de Pêlo

Cattitude

 

Mais uma vez, Bom Ano de 2015 para todos.

Gato Tobias & Humana Bé

 

Texto de Isabel Brás ©2014

Imagem retirada de Amazon Brasil

 

 

 

 

 

 

 

Amo acariciar os gatos

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Acariciar um gato, para mim, é muitíssimo prazeiroso. É mesmo um prazer sem ponta de culpa. Para além do facto de poder ter um efeito calmante, contribuindo inclusivamente para me baixar a tensão arterial, amo sentir o seu pêlo macio e sedoso sob os meus dedos. E depois, se o gato alinha, é maravilhoso observar o meu amigo peludo que está igualmente a gostar do contacto. Ouvir o seu ronronar satisfeito é reconfortante e divertido.

 

Contudo, já me aconteceu após uns momentos amistosos, o gato começar a enervar-se e a mostrar os primeiros sinais de aviso: move a cauda nervosamente, as pupilas dilatam-se, abaixa as orelhas, e até bufa ou emite outros sons ameaçadores. Tipo, “Humana, estás a começar a abusar, se não páras... mordo-te! Fiquei perplexa! Porquê esta mudança repentina de comportamento?

 

A Ciência explica que, em primeiro lugar, os gatos adoram ser acariciados mas apenas onde, como e quando eles decidem. Em segundo lugar, a sua pele é muito sensível. De facto, os seus receptores do tacto situados sob a pele, e que lhes permitem sentir a temperatura, a pressão e as vibrações, encontram-se distribuídos por todo o corpo. Cada vez que lhes chega um estímulo, os receptores transmitem um sinal eléctrico à espinha dorsal e depois ao cérebro, através dos nervos a que estão ligados. Cada pêlo mergulha a sua raíz num folículo piloso que contem a extremidade de um nervo, e que se “acende” como uma lampadinha, cada vez que o pêlo se move.

 

Ora, considerando que em cada milímetro quadrado do corpo podem existir até 200 pêlos, não admira que se acariciarmos os gatos durante um certo tempo, eles comecem a sentir irritação. Claro, que cada gato tem o seu tempo de tolerância e os seus gostos em termos de carícias. Alguns, por exemplo, não gostam de ser acariciados ao longo da espinha dorsal. Neste caso, é conveniente procurarmos outras zonas que lhe agradem, como debaixo do queixo ou detrás das orelhas. Isto, se não quisermos experimentar uma merecida mordidela ou arranhadela.

 

Texto e imagem de Isabel Brás ©2015

 

Ano Novo, Novas Gatitudes

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Entrámos com o pé direito neste novo ano de 2015? Aumentámos as expectativas e renovámos os nossos sonhos? Formulámos novas resoluções? Aquela dieta tantas vezes adiada, talvez? Umas idas ao ginásio com maior regularidade, umas boas caminhadas ou corridas pela manhã antes de ir para o trabalho, ou ao fim de tarde antes do jantar? Deitar cedo? Manter sempre a calma em qualquer circunstância, mesmo quando nos gritam aos ouvidos coisas que não desejamos e até nem merecemos ouvir? Sentir-se confiante e seguro de si? Deixar de se queixar da vida e comentar mexericos, passando a concentrar no que realmente se quer, naquilo que é verdadeiramente importante?

 

E o que significa entrar com o pé direito? Quer dizer que se entrarmos com o pé esquerdo, o ano já não nos vai correr bem? Com todo o respeito pelas crenças tradicionais, creio que depende inteiramente das nossas escolhas ao longo de todo o ano. O modo como pensamos, nos emocionamos, falamos, e agimos irá sempre determinar os nossos resultados, em qualquer área de nossas vidas. O americano Charles F. Haanel (1866-1949) dizia que a nossa harmonia interior reflectir-se-á sobre o mundo exterior através de condições harmoniosas, cenários agradáveis, e o melhor de cada coisa, como resultado de uma rectidão de pensamentos. Em oposição, a causa de cada discórdia e desarmonia, de cada carência e limitação é um modo errônio de pensar. Aqui entra a lei da causalidade: cada pensamento é uma causa e cada condição é um efeito. Por conseguinte, vamos pôr em ordem os nossos pensamentos?

 

E o que é que tudo isto tem que ver com gatitudes? Temos muito que aprender com os nossos amigos gatos. Não são apenas companheiros adoráveis, belos, fofos e engraçados. Possuem uma sabedoria muito própria. Devemos imitar o seu modo de estar na vida. Claro que os gatos também conhecem o medo e a ansiedade, e muitos encontram-se sujeitos ao stress e até à depressão, como tantos de nós. Mas conseguem sempre manter uma invejável atitude de desprendimento. Mesmo os gatos de rua, que têm de procurar comida e defender-se de inúmeros perigos, embora sempre alerta, não deixam de fazer longas pausas para se limparem, retemperarem as forças, e permanecerem em contemplação, observando o mundo à sua volta com aquela superioridade felina que tão bem os caracteriza. E conseguem sempre caminhar de forma relaxada e elegante.

 

Quando nos parecer que, apesar de todos os esforços, a nossa vida não flui suave e comodamente como gostaríamos, façamos como os gatos: semicerramos os olhitos e olhamos as circunstâncias de cima, como se nada fosse. O nosso corpo está ali porque temporariamente temos de estar, há sempre uma lição para aprender. Mas a nossa alma é sempre livre e pode voar, para além de tudo. Mesmo quando nos sentimos fechados numa gaiola, e ainda que esta até possa ser dourada.

 

Texto e imagem de Isabel Brás ©2014

 

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia