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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

Gatos Loucos por Erva?

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Existe uma erva que atrai os nosso amigos gatos como ninguém. E ao que parece também outros felinos como leões, tigres e panteras. É a Nepeta cataria, mais conhecida por “erva-gateira” ou “erva-dos-gatos”. O nome Nepeta deriva do latim nepa que significa escorpião (de facto, os antigos acreditavam que era eficaz contra a picada daquele animal) e cataria vem da palavra latina catus que significa gato.

 

Trata-se de uma herbácea de origem europeia e do Sudoeste asiático, da família das Lamiaceae, com uma aroma semelhante à menta, a qual pertence à mesma família. Apresenta folhas e caules cobertos com pêlos esbranquiçados e flores purpúreas ou  brancas e rosadas que crescem  no cimo das hastes.

 

De referir que aquela erva que se vende nos supermercados e noutras lojas, apesar de muitas vezes vir identificada como “erva-gateira”, não tem nada que ver com a Nepeta cataria, é uma outra erva com folhas finas e longas.

 

Porque é que os gatos quando interagem com a verdadeira Nepeta cataria ficam “malucos” ou então parecem estar num estado “Zen”? Porque esta erva contém um óleo – o nepetalactone – cuja molécula age sobre o cérebro dos gatos, activando diversas áreas. Por exemplo, a área da actividade sexual, e por conseguinte, o gato rebola e esfrega-se como as fêmeas que demonstram estar disponíveis. Ou a área de estímulo do apetite, o que leva o gato a mastigar a erva e a cheirá-la intensamente. Ou ainda aquela do instinto de predador, fazendo com que o gato brinque com a erva como se estivesse a caçar.

 

Também possui propriedades calmantes e sedativas. Aliás, já ao tempo dos romanos o chá feito com esta erva era utilizado pelos humanos precisamente para as insónias.

 

Ao contrário dos estupefacientes nos seres humanos, a “erva-gateira” não produz dependência nem efeitos colaterais nos gatos. Por conseguinte, se querem fazer os vossos “ronrons” felizes, certifiquem-se de adquirir a verdadeira erva, confeccionem uns lindos saquinhos, encham-nos com a erva e presenteiem-nos aos gatos. Seguramente serão muitíssimo apreciados.

 

Texto e Imagem ©Isabel Brás 2015

 

A Irresistível Tentação de Coleccionar... Gatos

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Coleccionar gatos? - perguntarão algo desconcertados -, os gatos não se coleccionam! Concerteza que não, respondo eu com toda a tranquilidade. E nem sequer estou a pensar naqueles humanos que albergam nas suas casas, 6, 10, 15, 20 ou mais gatos. O que quero dizer é que nós, os gatófilos, não nos limitamos a amar os gatos em si, amamos igualmente as suas inúmeras representações.

 

Os humanos adoram representações. Tanto que por vezes excedem mesmo a própria essência. E a ajudar à festa, encontra-se a nossa inegável tendência de acumular coisas. Démos a esse fenómeno o pomposo nome de “coleccionismo”.

 

Quem ama gatos, ama tudo o que se relacione com eles e com o seu universo. Incluindo os objectos que os representam. Parece não haver limites para os suportes materiais que podem conter imagens do nosso caro felis silvestris catus: T-shirts, malas, porta-moedas, canecas, canetas, toalhas de mesa, pegas de cozinha, lápis, borrachas, blocos de notas, marcadores de livros, bijouteria, estatuetas e outros biblots, serigrafias, posters, papel de embrulho e sacos para presentes, ímans para o frigorífico, calendários... e sei lá mais o quê. Um gatófilo que se preze, tem de ter necessariamente em casa - para além do seu companheiro gato, centenas de fotos e vídeos do mesmo e livros de gatologia -uma parafernália de bugigangas acima mencionadas. Isto para já não falar de obras de arte para os gostos mais refinados e contas bancárias mais recheadas.

 

Recordo com saudade a minha primeira incursão numa loja especializada em artigos sobre gatos. Foi no longínquo ano de 1989, por ocasião da minha primeira viagem a Paris. Se não me engano, chamava-se “La Maison du Chat” e era absolutamente maravilhosa. Estamos a falar de há mais de duas décadas atrás! Claro que na época limitei-me a adquirir um marcador de livros e um bloco de notas (o pecúnio que andei muitos meses a juntar esvaíra-se quase todo em visitas a monumentos e museus), mas durante bastante tempo cirandei por ali a admirar encantadíssima os requintados serviços de porcelana, entre outros finérrimos souvenirs com imagens de gatos.

 

Texto e Imagem ©Isabel Brás 2015

 

 

O Meu Gato Adora "Amassar o Pão"

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De todos os comportamentos um tanto ou quanto peculiares que observo nos meus amigos gatos, um dos que me faz sempre sorrir é aquele em que parece que “amassam o pão.”

 

Umas vezes sucede quando estamos confortavelmente sentados no sofá ou na cama a relaxar e ele chega sorrateiro, como sempre, olha para nós com os olhitos semi-cerrados, cheira o ambiente circundante para procurar o lugar certo, e depois começa a “empastar” na nossa camisola, na nossa barriga (sobretudo se estivermos deitados) ou qualquer outro lugar macio do nosso corpo. Outras vezes podem fazê-lo, até mesmo na nossa ausência. Basta que deixemos espalhados pela casa alguma roupa nossa, ou algo macio que contenha o nosso odor ou o odor da família. E se estão na presença de outro gato amistoso, fazem-no na barriga um do outro.

 

Porque é que os gatos fazem aquele movimento ritmado com as patitas da frente, primeiro com uma e depois com outra, mantendo os dedos bem abertos, ronronam intensamente, e ficam completamente relaxados?

 

Trata-se de um “flasback” que os nossos amiguinhos estão recriando. Tornam atrás no tempo, quando ainda eram gatinhos, e gozavam aquela agradável sensação de bem-estar quando estavam junto da barriga da sua mãe gata, chuchando nos seus mamilos para se alimentarem do leite materno.

 

Para nós é uma honra quando o fazem connosco (a despeito de involuntariamente nos poderem arranhar quando as garras se extendem), porque isto significa que o gato confia inteiramente em nós. Ele há mimo maior que o nosso peludinho nos possa dar?

 

Texto e Imagem ©Isabel Brás 2015

 

Pode-se Treinar um Gato?

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Como referimos anteriormente, é importante dar a entender ao nosso novo “hóspede”, logo desde o início, que existem regras lá em casa que também ele deverá respeitar. Sobretudo no que se refere às suas necessidades fisiológicas, o melhor é não perder tempo e começar desde logo a treiná-lo para ele utilizar sempre a sua “toilette” que lhe colocámos à disposição. Dentro dos possíveis, quer a alimentação, quer a higiene deverão ocorrer em determinados momentos do dia. Os gatos são animais de hábitos, pelo que ajudar o nosso amiguinho a estabelecer uma boa rotina, pode trazer não apenas benefícios e tranquilidade para o gato, mas também para nós.

 

É igualmente possível treiná-lo para reconhecer a nossa voz quando o chamamos. Isto pode revelar-se útil em caso de um eventual perigo. Não são raros os casos de gatos que se salvaram de situações perigosas graças aos seus humanos os terem chamado atempadamente. Podemos começar por chamá-lo sempre pelo mesmo nome que lhe atribuímos, especialmente às horas da papa, persistentemente durante um certo tempo. Tal geralmente costuma resultar.

 

O treino “pela negativa” é outra opção, nos casos em que o gato mostre tendência para morder ou saltar em cima das visitas. Dizer-lhe um resoluto “Não!” a cada tentativa sua poderá dissuadi-lo. Porém, nada de enxotá-lo, pois é bem provável que se convença de que estamos a brincar com ele e sentir-se-á encorajado a continuar “o jogo”.

 

Os maiores estragos que um gato pode fazer quando está fechado em casa é afiar as unhas nos sofás e outras mobílias e trepar pelos cortinados. Certos revestimentos, como o veludo e o couro parecem-lhe óptimos para arranhar. Por conseguinte, especialmente se não é autorizado a sair de casa, é conveniente desde cedo habituá-lo a afiar as suas unhas num objecto apropriado. Existem inúmeros arrranhadores concebidos para esse fim, à venda nas lojas de produtos para animais. Em alternativa, podemos nós próprios construir um, usando uma tábua de madeira com 30 a 60 cm de largura, que afixaremos verticalmente numa parede, revestindo-a com sisal, cortiça ou um outro material, desde que seja rígido e atóxico. Se ele puder sair de casa em segurança, e ainda por cima tivermos um jardim, será maravilhoso para ele afiar e desgastar as unhas nas árvores.

 

Pode revelar-se difícil treinar um gato, sem dúvida. Diferentemente do cão que procura sempre agradar o seu humano (que identifica como o “líder da matilha”), por exemplo, trazendo-lhe o jornal e os chinelos, ou acompanhando-o todo contente nas passeatas, o gato não está minimamente interessado em gratificar o seu humano, porque o vê como um igual, uma espécie de gato gigante. E depois, já sabemos que o gato faz somente o que quer e quando quer. Ponto final. Contudo, treiná-lo não é inteiramente impossível. Com uma boa dose de paciência e perseverança, poderemos empenharmo-nos num treino contínuo e amoroso, que ao fim de algum tempo dará os seus frutos, e certamente criará um relacionamento equilibrado e muito satisfatório com o nosso querido companheiro de quatro patas.

 

 Texto e imagem ©Isabel Brás 2015

 

Cuidados Básicos Com o Novo Gato

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Recordemos as regras basilares no que respeita a cuidar do nosso novo companheiro gato, de forma responsável:

 

- Dar boa paparoca ao gato a horas certas, na sua taça, a qual deve estar separada e ser lavada à parte da loiça de casa. Evitar usar detergentes.

- Ter sempre uma taça com água fresca e limpa à sua disposição. Se não existe a possibilidade de adquirir um bebedouro automático, especialmente daqueles em que a água é em movimento constante (os gatos preferem água fresca e em circulação, aliás muitos deles adoram beber água que corre pela torneira), pelo menos mude-se a água com maior frequência.

- Por muito que para muitos de nós seja agradável a sensação de ter o nosso amigo enroscado a dormir na nossa cama, é aconselhável treiná-lo a habituar-se a dormir numa caminha apropriada para ele.

- Não esquecer de limpar diariamente a sua “toilette”, renovando com frequência a areia ou aglomerado.

- Escovar e limpar o pêlo com regularidade e controlar se tem parasitas. No caso dos gatos com pêlo comprido, a escovagem e limpeza do pêlo deve ser diária.

- Atenção às unhas: se não foram desgastadas naturalmente no arranhador e se tornaram demasiado compridas e afiadas, pode ser necessário cortar com muita precaução somente a ponta, usando uma tesoura própria para o efeito. Se tivermos receio de magoar o nosso peludinho, podemos pedir ao/à Veterinário/a para ser ele/a a fazê-lo.

- Não esperar que o gato adoeça, mas levá-lo periodicamente ao/à Veterinário/a para consultas de controlo, e cumprir rigorosamente o calendário das vacinações e desparasitações (quer internas, quer externas) estipuladas.

- Treinar o gato, no devido tempo, para que respeite determinadas regras. Por exemplo, como podemos impedir que ele arranhe os sofás se deixamos que o faça durante vários anos?

- Não deixar o gato sair de casa, antes que ele se habitue ao novo ambiente. O mesmo vale para o caso de mudança de casa, bem como nos dias de festa em que estalam fogos de artifícios no ar.

- Antes de ir de férias, e sempre que não seja possível levar connosco o nosso amiguinho, certificar que ele fique bem entregue aos cuidados primorosos de familiares e amigos, ou de um bom Pet Sitter, ou (se nos podemos permitir) de um “hotel” para gatos.

 - Se tivermos uma gatinha e não desejamos que se torne uma mãe gata, é melhor consultar o/a Veterinário/a para a sua esterilização. Mesmo no caso do macho, sobretudo se é autorizado a sair de casa e não pretendemos que contribua para o drástico aumento do número de gatinhos nas redondezas, ou mesmo que permaneça confinado ao espaço da nossa casa, é conveniente abordar o assunto com o médico, que poderá aconselhar e explicar os prós e os contras deste procedimento. Mesmo que nos opunhamos a restringir a liberdade do nosso patudo, é conveniente pelo menos considerar esta hipótese e obter informação de fontes fidedignas, antes de decidir.

 

Texto e imagem Isabel Brás ©2015

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia