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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

VIC: Very Important Cats

Existem alguns gatos que se tornaram mundialmente famosos. Uns porque são eles próprios “estrelas”, outros porque se encontram associados a “estrelas” humanas. São já bastantes os exemplos de gatos que desfilaram e desfilam na “passerelle” ao lado dos VIP, habitaram ou habitam nas suas luxuosas mansões. Desde políticos, como o atual presidente dos USA, Barac Obama e o ex-Presidente Bill Clinton, a atores como Marlon Brando, James Dean, Sean Connery, Morgan Freeman, Anthony Hopkin, Leonard Nimoy, John Travolta, Nicolas Cage, Steve Martin, Antonio Banderas, James Franco, entre outros, atrizes como Elisabeth Taylor, Jane Fonda, Nicole Kidman, passando por artistas como John Lennon, Kurt Cobain, Kate Perry, pintores como Picasso e Salvador Dali... a lista de famosos que amaram e amam gatos é bastante longa. Com a internet e principalmente com as redes sociais, passaram a ser muitos mais os gatos na ribalta.

 

Um dos gatos mais famosos de todos os tempos é Orangey que participou ao lado de Audrey Hepburn e George Peppard, no filme “Breakfast at Tiffany’s” (“Boneca de Luxo”), realizado por Blake Edwards em 1961. Este maravilhoso orange tabby foi o único gato a ganhar dois “Patsy Awards”, uma versão dos Oscares para animais atores de cinema.

 

Ainda no mundo hollywoodiano, recordam-se do mítico “Gone With The Wind” (“Tudo o Vento Levou”) de 1939? A atriz Vivian Leigh, que vestiu a pele de Scarlett O’Hara apaixonada por Rhett Buttler, interpretado pelo galã Clark Gable, era uma grande amante de gatos, tendo hospedado vários siameses ao longo da sua vida.

 

E que dizer do gato “Jinxy”, que proporcionou hilariantes momentos nos filmes “Meet the Parents” (“Um Sogro do Pior”) e “Meet the Fockers” (“Uns Compadres do Pior”) com o Robert De Niro e o Ben Stiller?

 

Sempre gostei da banda britânica “Queen”, e cresci a entoar muitos dos seus êxitos musicais. Pois bem, o seu carismático vocalista, Freddy Mercury, era um grande apaixonado por gatos. Tinha nove gatos, entre os quais uma gatinha de nome Delilah, de quem era particularmente afeiçoado e a quem inclusivamente dedicou uma canção. Aliás, quando editou o seu primeiro trabalho a solo, “Mr. Bad Guy”, Freddy Mercury dedicou-o aos seus gatos e aos gatófilos.

 

Uma das histórias de gatos famosos que mais gosto é a do Bob, aquele adorável gato inglês que acompanha James Bowen e que lhe mudou a vida. James era um sem-abrigo que tocava música nas ruas de Londres. Depois conheceu o gato Bob, escreveu livros sobre ele, e tornaram-se os dois mundialmente conhecidos e muito apreciados.

 

Ainda em Londres, encontramos no número mais famoso de Downing Street, Larry, o atual gato “oficial” da residência do Primeiro Ministro inglês, mas cuja “patroa” é na verdade Sua Magestade a Rainha Isabel II de Inglaterra.

 

E muitos mais haveria de nomear, mas por hoje fico-me por aqui.

Saudações cordiais. Isabel Brás

 

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Foto: Gato Orangey com Audrey Hepburn, no filme "Breakfast at Tiffany's".

Retirada da Internet com filtro "utilização para fins não comerciais".

 

Eu e o gato Antonio: uma amizade especial

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O gato Antonio Banderas é um gato que eu tenho o privilégio de conhecer e de conviver com frequência. Uma “panterinha” fofa e gentil, que habita com um casal amigo. Sempre que os visito, ele vem logo direito a mim, pois sabe que receberá muitos mimos. É um grande mimalho, ou como dizem os italianos, um coccolone.

 

Tem maneiras muito giras de me receber: primeiro, dirige-se ao local onde sabe que se encontra a sua escova e vai-se empoleirar no muro defronte da porta de entrada da casa. O seu modo de me dar as boas vindas, é permitindo-me de escová-lo. Fica sentadinho e quieto, enquanto eu o escovo, apreciando imenso este pequeno “ritual”. Depois de voltarmos a entrar em casa, mal inicio a fazer-lhe festinhas, deita-se no chão de patitas no ar para que eu lhe faça festas também na barriguita. Isso é uma grande honra para mim. Normalmente os gatos não apreciam que lhe toquemos nesta zona do corpo, para eles vulnerável. Alguns podem interpretar mesmo como um ataque e responder agressivamente, arranhando ou mordendo. Mas o Antonio não. O Antonio adora que eu lhe faça festas na barriga. Quando permanece sentado, acho piada igualmente ao facto de me dar sinais, sempre que faço uma pausa por uns instantes: alça-se uns centímetros e dá marradinhas nas minhas mãos como que a dizer-me: “Mas porque paraste? Continua, que eu quero mais festinhas!”

 

Entretanto, à medida que eu me movo pela casa dos meus amigos segue-me por todo o lado. Se eu me detenho em algum sítio, vem roçar-se nas minhas pernas e volta-se de costas. Este é outro privilégio. Os gatos só nos voltam as costas se têm muita confiança em nós. E pronto, lá começa mais outra sessão de mimos. Ao contrário de alguns gatos que se aborrecem depois de alguns minutos, o gato Antonio parece não se cansar de receber festas.

 

Eu sinto uma alegria imensa com esta minha amizade especial com o gato Antonio. E é muito bom para quem ama gatos, saber que muitos deles são hospedados com carinho e primor pelos humanos, como é o caso. Este é um gato feliz, bem cuidado e muito amado. Ainda por cima, pode andar livremente na maior parte do tempo e em segurança, num enorme quintal nas traseiras da casa. De vez em quando, os meus amigos oferecem-me uns ovos das galinhas que criam ali. Por graça, costumam dizer-me que são “das galinhas do Antonio”, porque o gato habituou-se desde pequenino à sua presença, e não só não lhes faz nenhuma mossa, como gosta de estar em sua companhia.

O gato Gaspar

Hoje tenho o prazer de apresentar-vos o gato Gaspar, pela mão do Dr. Augusto Mota. É giríssimo!

O Gaspar costuma aparecer depois de almoço na sua casa para comer paparoca boa, e depois gosta de passar ali as tardes a descansar.

 

Os meus agradecimentos ao Dr. Augusto Mota, de Ortigosa (Leiria), a amável colaboração, com o envio de fotos e a autorização para a sua publicação.

 

É um grande divulgador da cultura e natureza da nossa região leiriense, por conseguinte, deixo aqui alguns links para espreitarem as suas fotografias, poemas e informações interessantes.

Colateralidades

Pilriteiro

Palácio das Varandas

 

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Os gatos e os livros

Adoro livros! Costumo comentar que nos livros não aprecio somente o seu conteúdo, mas incluo a capa, a textura e a gramagem dos vários tipos de papel utilizados, o seu odor caraterístico, os carateres, etc. É muito prazeiroso para mim deslocar-me a uma livraria e "perder-me" por ali durante algum tempo a ver os títulos em exposição e a folhear aqueles livros que me chamam a atenção. Obviamente que o mais importante é o seu conteúdo. E não é por acaso que se diz Não julgue um livro pela capa. Ao mergulhar na leitura de um livro, nunca sei o que vou encontrar. Mesmo lendo a sinopse, pode-se sempre esperar surpresas. São infinitas as possibilidades de efetuarmos fantásticas "viagens" a lugares reais ou imaginários, e "viver" aventuras, que de outra forma dificilmente experimentariamos.

 

Por tudo isso e muito mais, associar gatos a livros é uma suprema combinação para mim. E não falo apenas de livros sobre gatos, sobretudo aqueles profusamente ilustrados, ou de livros que mencionam gatos. Sobretudo nos últimos anos, têm sido veiculadas na rede inúmeras notícias de gatos que frequentam bibliotecas públicas, alguns deles tornando-se verdadeiros anfitriões e chamarizes para antigos e novos potenciais leitores.

 

É o caso de Berio, o gato da Biblioteca Civica Berio, em Génova na Itália; de Charlie, o gato da Library Learning Centre (Wanganui College of Learning) de Wanganui na Nova Zelândia; de Books, o gato da Horsham College Library, de Horsham na Austrália; de Red, o gato da Ewart Library de Dumfries na Escócia; de Dewey Readmore Books, um dos gatos mais famosos de bibliotecas dos Estados Unidos da América, da Spenser Public Library no Iowa. Só para citar alguns exemplos.

 

E que dizer dos gatos em nossas casas? Alguns gostam muito de se esparrameirar em cima dos livros, e escolhem precisamente aqueles momentos em que estamos tranquilamente a desfrutar de uma leitura interessante e queremos virar a página mas... Outros, simplesmente gostam de dormitar em cima das estantes dos livros, como é o caso do meu amigo Mimi (na foto).

 

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Como criar e manter um bom relacionamento com o nosso gato

Será exagerado dizer que o gato é um animal perfeito? Seguramente para nós é perfeito, sob todos os pontos de vista: é belo, gracioso, elegante, adorável, misterioso, afável, e por aí adiante. Além disso demonstra uma inata forma aristocrática de estar na vida e uma excelente capacidade de adaptação ao ambiente que o rodeia. Revelando-se uma grande alegria e conforto para o humano que o hospeda, o gato dá sempre mais daquilo que pede.

 

Todavia, na sua natureza encontramos igualmente um individualismo muito característico (embora em algumas raças não seja tão acentuado), que faz com que em geral o gato não aprecie muito um relacionamento possessivo da nossa parte. Se queremos estabelecer com ele laços harmoniosos e pacíficos, é melhor habituarmo-nos à ideia de que ele é um nosso hóspede muito querido que decidiu passar o seu tempo connosco, em troca de um mínimo necessário: uma boa paparoca, um local tranquilo para fazer a nana e um pouco de afeto.

 

Também no que diz respeito ao afeto, é preciso dosear o entusiasmo. O seu afeto conquista-se com base no respeito e na lealdade. Devemos deixar que sejam eles a reconhecer o nosso amor incondicional e as nossas boas intenções. Espontaneamente, o gato saberá retribuir no tempo e na ocasião certa, um amor e um respeito igualmente incondicionais. A seu modo, claro! Fundamentalmente, passar algum tempo com o nosso gato, observar o seu comportamento, perceber o seu carácter único, e respeitar os seus ritmos, ajudará imenso a aproximarmo-nos dele da melhor forma e a desenvolver uma relação saudável e satisfatória para ambos.

 

Porém, nunca nos esqueçamos da sua natureza felina: se estamos à procura de um companheiro obediente e servil, podemos tirar o cavalinho da chuva. Será o caso de procurar um cão.

 

Texto e imagem ©Isabel Brás 2015 

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Os gatos da minha vida

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Este é um breve relato dos companheiros gatos que acompanharam as minhas diversas fases de crescimento. Contribuiram imenso para que os meus dias fossem mais coloridos, com aquela irreverância, ternura e alegria que só os gatos sabem ter e dar.

 

O meu primeiro companheiro gato foi o Gavião II. O meu pai levou-o para a casa onde vivíamos em Leiria, era ainda uma "bolinha de pêlo." Um Europeu bicolor preto e branco, parecidíssimo com o Gavião I, o magnífico gato que acompanhou o meu pai na juventude. Embora não pudesse competir com o seu antecessor, não lhe ficava atrás em termos de beleza e caráter afetuoso. Eu adorava aquele gato, só que tinha apenas cinco anos, por isso o pobrezinho "sofreu" um bocado com os meus excessos de amor: dava-lhe muitos beijos e abraços apertados, interrompia constantemente as suas sonecas, e obrigava-o a fazer parte das minhas brincadeiras de "cabeleireira" de bonecas. Porém, o Gavião II era muito paciente comigo e nunca me arranhou propositadamente.

 

Alguns anos mais tarde, chegou a Chica Maleka, uma gata siamesa, com uns belos olhos de safira. O seu pêlo, de cor creme no corpo e castanho escuro na cauda, patas, focinho e orelhas, era muito macio e sedoso, pelo que me petecia estar sempre a acariciá-la. Era bem mais espevitada e brincalhona do que o gato anterior. Um autêntico terror para os cortinados e sofás, com grande desgosto de minha mãe.

 

Seguiu-se o Nokas, de novo um Europeu bicolor preto e branco (uma tradição de família, ao que parece). Um gato muito senhor do seu nariz, com o costume engraçado de "resmungar" quando o obrigava a fazer alguma coisa que ele não queria. Era enorme e quando dormia comigo usurpava o espaço quase todo, por pouco não me deitando da cama abaixo. Detestava estar ao colo, ir ao veterinário e tomar banho. Aliás, dar-lhe banho significava fazer um grande esforço para mantê-lo na banheira, pois procurava fugir por todos os lados, e quem acabava molhada da cabeça aos pés era eu.

 

Ainda ao tempo do Nokas, veio fazer-lhe companhia o Ciro, um Norueguês da Floresta. De início, o Nokas não gostou de dividir o seu território com um outro gato e fez um escarceu enorme. Por alguns dias receei que fosse impossível a convivência dos dois. Mas após algum tempo de adaptação, os dois passaram a tolerar-se relativamente bem. Em termos de temperamento não poderiam ser mais diferentes. Enquanto o Nokas seguro de si e não se intimidava nada com as visitas, o Ciro permaneceu sempre um gato meigo mas muito tímido, que se escondia frequentemente quando alguém ia lá a casa. O fato de possuir pêlo comprido constitui para mim um desafio, pois passei a ver montículos de pêlo por toda a casa. Isso nunca me havia acontecido com os outros gatos, mesmo quando mudavam a pelagem. Felizmente não contraí nenhuma alergia.

 

Por fim a Fifi, uma gata também ela Noruguês da Floresta. Linda, sociável e ativa, adorava brincar com bolinhas. Era igualmente meiga e paciente. Esperava-me à porta quando chegava a casa depois de mais um dia de trabalho. Permitia-me muitas vezes ter o prazer de a ter ao colo, enquanto eu fazia serões ao computador, lia ou preguiçava no sofá a ver televisão. Dormia ao fundo da minha cama, sossegada e ordenadamente. A Fifi comportou-se sempre bem, para grande alívio dos móveis e texteis do meu apartamento da altura.

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia