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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

A gata "furacão" chamada Uma

Como se costuma dizer, "não há duas sem três", e neste caso não há dois gatos hóspedes sem um outro gato hóspede. Para ajudar à festa, recebemos a Uma, gata da raça Chartreux (certosino em italiano), que também vai ficar cá por casa duas semanas.

 

A Uma (segundo os seus humanos, é um nome indiano) possui uns maravilhosos olhos redondos amarelados a contrastar com o cinzento azulado do seu espesso mas macio manto de pêlo. É lindíssima! Porém, ó céus, é um autêntico "furacão". Tem uma energia daquelas das "pilhas duracell": não pára quieta e é tremendamente curiosa.

 

Os outros dois gatos, o Simba e a Minu, muito sossegaditos que eles são, acho que nunca tinham visto nada semelhante. A Minu, que é uma "lady", não se deixou impressionar pela irreverência da Uma, e não lhe permite grande intimidade. Mas o Simba, coitado, é a "vítima". A Uma não lhe dá tréguas, quer brincar às corridas mais loucas do mundo e desafia-o constantemente. É um fartote de riso com as suas traquinices. O pior é que de noite dorme pouco e acorda-nos frequentemente com as suas explorações noturnas. Ainda bem que os seus humanos se esqueceram de trazer o seu brinquedo favorito, os berlindes, senão...

 

gatta uma.jpg

 

 

Os meus novos hóspedes

Mal podia esperar pelos meus novos hóspedes! Pareceu-me voltar ao meus tempos de menina, quando a minha mãe anunciava que íamos receber a visita de alguém da família que só víamos algumas vezes por ano. Era sempre uma emoção. Sobretudo quando as visitas incluíam primos da nossa idade, o que significava mais brincadeiras e diversão.

 

O Simba e a Minu chegaram finalmente. Tirando o primeiro dia em que se viram num lugar que não era o seu território e ficaram um pouco ansiosos, o que é perfeitamente natural, já se instalaram comodamente cá em casa. Vão ficar duas semanas, enquanto os seus humanos gozam o merecido período de férias. São muito amorosos. O Simba é um lindo gato (para mim todos os gatos são lindos) tigrado de cor castanho, e a Minu é uma graciosa gata semi-tigrada de cor cinzento. Digo semi porque uma boa parte dela é coberta por um manto fofo de pêlos brancos.

 

O Simba é mais ternurento do que a Minu, que embora igualmente meiga tem revelado um caráter um bocadinho mais atrevidote. Adora esconder-se. E como todos os gatos ambos são curiosos e metem o nariz em tudo, sobretudo na cozinha como seria de esperar. Mas comportam-se bem e de um modo geral são tranquilos. O meu marido, que se inclina mais para os papagaios, rendeu-se completamente ao fascínio destes dois pequenos felinos que vieram trazer mais alegria e vibrações positivas ao nosso cantinho.

 

Ontem à noite estava estendida na cama a ler e o Simba veio fazer-me companhia. Subindo para cima da cama com toda a ligeireza e elegância que só os gatos sabem ter, primeiro deu-me as boas noites com muitas marradinhas delicadas e depois deitou-se ao meu lado. Achei incrível quando ele estendeu uma das suas patas dianteiras, pousou-a nas minhas pernas, e adormeceu. Não obstante ter sentido as suas unhas que roçaram ao de leve a minha pele quando distendeu os deditos, pensei comovida que esta era uma das inúmeras demonstrações de afeto com que os gatos nos privilegiam. Significa que estão relaxados e sentem-se seguros ao nosso lado. Que gostam de ser mimados por nós, como o eram pela sua mãe gata. Claro que também lhes serve para deixar o seu odor. Mas é inegalvemente mais um fio que tece e reforça os laços que estabelecem com a sua “mãe” humana.

 

simba e minu.jpg

 

Viagens com gatos - parte II

Quem tem possibilidade de ir de férias para um país estrangeiro, levando o companheiro gato, precisa planear a viagem com maior detalhe. A primeira coisa a fazer é recolher informações acerca das normas sanitárias do país escolhido. Por exemplo, no caso das Ilhas Britânicas, antes da nova lei que entrou em vigor em 2012, existiam leis bastante severas no que respeita à entrada de animais, as quais impunham obrigatoriamente um período de quarentena que podia ir até os seis meses. Ora isso arruinaria qualquer plano de férias com o nosso amado gato! Ou até mesmo uma simples estadia temporária para estudo ou trabalho. Claro que havia quem tivesse meios que permitiam contornar a situação. Como fez a atriz Elisabeth Taylor, numa ocasião em que precisou de permanecer na Inglaterra por um breve período, para rodar algumas cenas de um filme. Tendo levado consigo um gato que adorava, para evitar a quarentena dos seis meses, instalou-se com o gato num yacht fora das águas territoriais britânicas. Ia e vinha de escaler conforme as necessidades. Mas isso era para quem podia...

 

Felizmente que no Reino Unido a entrada com o animal de companhia tornou-se um pouco mais fácil. Agora, o que é preciso é que o gato tenha microchip, seja vacinado contra a raiva (e terem decorridos pelo menos 21 dias após a vacina), esteja desparasitado, e tenha o “Passaporte para animal de companhia” da União Europeia emitido por um veterinário clínico. De qualquer forma, convém sempre dar uma espreitadela ao site www.defra.gov.uk/pets para conferir todas as regras na eventualidade de ocorrer entretanto alguma alteração nas mesmas. Também deveremos estar atentos no preenchimento dos documentos para não errar. Queremos evitar a não permissão de entrada do animal e a respetiva quarentena, certo? Outros países requerem certificados emitidos pelos serviços veterinários oficiais das suas entidades competentes, por conseguinte, nada de deixar esses procedimentos ao acaso e para o último dia.

 

Também é importante verificar junto da companhia aérea, caso o meio de transporte a utilizar seja o avião, quais as suas normas de transporte de animais domésticos, as quais podem variar de companhia para companhia. Algumas não permitem o transporte nem mesmo de animais pequenos como os gatos e pronto. Por isso, antes de comprar os bilhetes, é bom não transcurar esse aspeto para não ter surpresas desagradáveis. Todas as companhias exigem que o animal viaje numa transportadora, de acordo com as normas da IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo). Devem ser sólidas e robustas, bem ventiladas e a portinhola deve estar bem fechada para evitar a abertura acidental. Há companhias que requerem contentores especiais e não permitem, por exemplo, que o gato viaje na cabine se tiver mais de 7 kg, nem que tenha uma idade inferior a 16 meses se forem voos de longo curso. Duas horas antes da partida, é conveniente dar ao gato uma refeição ligeira e água. Caso o gato seja nervoso, alguns instantes antes do embarque poderá dar-se-lhe um tranquilizante, mas somente se for prescrito pelo veterinário. Dentro da transportadora, que deve ter uma mantinha confortável, é importante colocar um objeto que seja familiar ao gato (podendo ser um que tenha o nosso odor, melhor) para lhe fazer companhia e o tranquilizar durante a viagem.

 

Se optarmos por uma viagem de comboio, basta levar o gatinho numa normal transportadora. Muitas companhias ferroviárias permitem que ele viaje connosco na cabine. Outras nem por isso, pelo que o pobrezinho terá de ir na bagageira do comboio. De barco também é possível transportar o amiguinho mas pode sair um pouco mais caro. Em geral os gatos não sofrem de mal de mar, pelo que a viagem deverá decorrer com tranquilidade. A desvantagem é que nem sempre existem a bordo veterinários que possam prestar assistência médica em caso de necessidade, tendo em conta que normalmente as viagens de barco são longas, com exceção naturalmente de trajetos breves de ilha para ilha, ou do continente para as ilhas...

 

Façam o favor de fazer boas viagens e de gozar umas boas férias.

 

gatinho no saco.jpg

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia