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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

Os gatos gostam mais de salgadinhos

gato pedindo.jpg

 

Aqui fica uma pequena dica para agradarem aos vossos hóspedes felinos.
 
Quando quiserem mimá-los com um petisco para o "engraxar" ou premiar por se ter comportado bem, não pensem como humanos, pensem como gatos gigantes (é assim que eles nos vêem). Ofereçam-lhe sempre petiscos salgados.
 
1º porque os gatos não saboreiam o gosto dos doces.
 
2º porque se lhes derem uns "salgadinhos", em especial de peixe e mais particularmente de salmão, eles não se esquecerão facilmente da vossa gentileza.

Línguas de gato

linguas de gato.jpg   gato-persa-lingua-fora.jpg

 

Para os gulosos e gulosas como eu, aqui fica o lembrete da receita das famosas “Línguas de gato”, biscoitos crocantes e deliciosos que receberam o nome precisamente porque têm a forma da linguita dos nossos amigos gatos.

 

Comecem por bater numa taça grande 120 gramas de manteiga, a qual deve estar à temperatura ambiente. Quando esta apresentar já uma consistência cremosa, acrescentem 120 gramas de açúcar, três gotas de essência de baunilha e três claras de ovos, uma a uma. Quando todos estes ingredientes estiverem bem misturados, acrescentem 120 gramas de farinha de trigo peneirada e voltem a misturar tudo muito bem. Deitem a massa num saco de pasteleiro e apliquem o bico liso, com 1 cm de diâmetro.

 

Num tabuleiro untado, comecem a distribuir a massa, fazendo duas bolinhas quase encostadas. Quando forem a cozer no formo irão unir-se e formar o biscoitinho em forma de língua de gato. Depois de encher o tabuleiro de “bolinhas”, levem ao forno pré-aquecido a 170◦C por cerca de 10 minutos. Quando virem que as línguas de gato já estão “lourinhas”, retirem o tabuleiro do forno, deixem arrefecer e retirem os biscoitinhos com o auxílio de uma faca de ponta fina. Cuidado para não cederem à tentação de retirarem os biscoitos quando ainda estão quentes, pois desse modo partem-se. Eles ficam estaladiços e inteiros apenas depois de arrefecidos.

 

Fácil, não é? Que tal experimentar hoje mesmo para o chá das cinco? Bom proveito. Os vossos companheiros gatos hão-de concerteza querer provar tais iguarias, mas resistam. Doces para eles são veneno (para nós também, mas...)

 

Nota de rodapé: Estes são os biscoitos clássicos, mas também já se encontram à venda chocolates língua de gato!

 

 

Gato em diversas línguas

gato monocolo.jpg

 

Acho engraçadíssimo como se lê e se escreve gato em várias línguas do nosso mundo (uma dúvida: será que os extraterrestres também têm o privilégio de privar com gatos?)

 

gatto = italiano

cat = inglês

chat = francês

katu = basco

katze = alemão

katt = sueco e norueguês

kissa = finlandês

γάτα = grego

kočka = checo

кот = russo

kedi = turco

köttur = islandês

猫 (neko) = japonês

hebraico = חתול

बिल्ली = hindu

ਬਿੱਲੀ = punjabi

urdu = بلی

árabe = قط

paka = suaíli

பூனை = tâmil

ngeru = maori

 

Claro que estes são apenas alguns exemplos. Mas já ficamos com uma ideia de como esta simples palavrinha, que aquece os nossos corações, pode assumir tantas formas.

Uma singela homenagem aos nossos pequenos felinos que me propus fazer hoje, nada mais.

 

E depois, há ainda as línguas de gato, mas essa é outra história...   

Amo gatos ponto final

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Há alguns meses atrás circulou por aí uma notícia que concerteza deixou lisonjeados muitos gatófilos, na medida em que um estudo de cientistas americanos concluiu que as pessoas amantes de gatos são mais inteligentes do que as pessoas amantes de cães. Por caridade, quem sou eu para colocar em causa a idoneidade do mencionado estudo. Porém, mesmo sendo gatófila, sinceramente não me aqueceu nem me arrefeceu. Aliás, nem sei bem se concordo.

 

No que me diz respeito, gosto igualmente de cães. São lindos, espertos, meigos e sem dúvida, uns companheiros fiéis e maravilhosos. Acontece é que sinto uma maior inclinação para os gatos. Isso não faz de mim nem mais nem menos que os outros. Amo gatos ponto final! Desde tenra idade que tenho um amor incondicional pelos pequenos felinos e um fascínio sem rival. Sou apologista que cada um de nós possui o pleno direito de formar a sua própria opinião, selecionar criteriosamente os seus gostos, e exprimir-se como pode e como quer, desde que isso não seja danoso para ninguém.

 

Esta questão fez-me refletir sobre a inutilidade de estarmos sempre a estabelecer comparações e confrontos com tudo e com todos. Façamos um grande favor a nós próprios, aos demais, e principalmente aos nossos amigos animais: amemo-los livre e conscientemente, sem etiquetas nem preços.

 

Gatos cor de chocolate

 

 

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Adoro chocolate! É um daqueles prazeres terrestres a que não consigo próprio renunciar. Além do mais, graças às suas propriedades capazes de estimular a serotonina, uma das nossas hormonas da felicidade, tem sido um “amigo” nas horas incertas, conduzindo-me a maravilhosos estados “zen”, ainda que efémeros. Os gatos são particularmente peritos em agraciar-me com tal efeito. Que melhor aliança poderia então existir senão aquela de um gato cor de chocolate? Nesta ordem de ideias, um meu futuro companheiro gato poderia muito bem ser um York Chocolate.

 

O York Chocolate é um gato maciço, com patas compridas mas sólidas e uma longa cauda farfalhuda. Possui uma cabeça arredondada e olhos amendoados de cor verde e amarelo ou de cor avelã claro. O seu manto de pêlo é semi comprido e espesso. Podem variar entre a cor chocolate mais ou menos escuro e o “chocolate de leite”, ou seja, cor chocolate e branco. De caráter alegre e equilibrado, dá-se bem com todos os membros da família, incluíndo um cãozito ou um outro gato, desde que submissos. Adora os humanos. Aliás, segue o seu humano como uma sombra e é curioso sobre todas as suas atividades domésticas. É preciso ter cuidado com os pés quando se está na cama. Basta um movimento e... zás, tornam-se imediatamente uma fonte de divertimento para o nosso amigo peludo, que é um brincalhão nato. Embora muito sociável com a família, é um tantinho desconfiado com as visitas. Não gosta do frio, pelo que durante o inverno é bom que em casa haja uma lareira ou um eficaz sistema de aquecimento e muitas cobertas quentinhas. É muito vaidoso, e se for escovado amiúde não se importa nada, antes pelo contrário, ronronará com muito agrado. Para satisfazer o seu apetite, carne picada sob a forma de hamburguer é obrigatória, e também um pouco de peixe.

 

Como surgiu a raça York Chocolate, cujo nome deriva da “Cidade que nunca dorme” e da cor da tão amada iguaria? É originária de um “amor fortuito” em 1983, entre uma gata americana de nome Blacky, de cor branco e preto (a sua humana era a senhora Janet Chiefari), e o Smokey, o gato preto dos vizinhos. Desse encontro fugaz nasceu a Brownie, uma gatinha de cor chocolate. A partir daí foi iniciada uma seleção rigorosa de apuramento, até que esta raça “moderna” fruto do acaso foi reconhecida nos Estados Unidos em 1993, e uns anos mais tarde na Europa.

 

 

Vai dar banho... ao gato!

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Dar banho ao gato, significou quase sempre para mim tomar mais banho eu do que ele. Antes de mais, havia que preparar tudo em segredo caso contrário demoraria horas infinitas à procura do “fugitivo”. Pressentia logo que chegara para ele o dia “fatídico”! Depois tinha de colocar em marcha toda uma complicada operação de, com uma mão segurar bem o gato que, naturalmente, fazia de tudo para escapar a partir do momento em que eu abria a água, e com a outra proceder às lavagens. Pelos miados de protesto, alguém de fora poderia pensar que se tratasse de um ato de malvadez.

 

A questão que nos pode vir à mente é: deve-se ou não dar banho aos gatos? É verdade que eles são muito escrupulosos com a sua higiene, dedicando muitas horas por dia a minuciosas “auto lavagens”. Também é de considerar o facto de que dispõem de um estrato lípido sobre a pele que a protege, pelo que o banho poderá removê-lo e deixar a pele seca e exposta a dermatites e parasitoses. Contudo, nem sempre os gatos conseguem limpar-se sozinhos, e sobretudo para aqueles sortudos que podem gozar de algumas horas ao ar livre no jardim da casa dos seus humanos, por vezes o banho torna-se um must. Nada de exageros, porém. Apenas se deve dar banho aos gatos quando é estritamente necessário.

 

É certo e sabido que uma boa parte da população dos pequenos felinos tem medo da água, pelo que o banho pode ser uma experiência traumática para eles. Outros, pelo contrário, parecem gostar de brincar com a água. É tudo uma questão, não só de predisposição genética mas também de hábito. Se forem habituados desde tenra idade a um contato gradual e suave com a água, em breve o banho deixará de ser um drama.

 

É melhor dar-lhe banho numa bacia suficientemente larga, com um tapete antiderrapante colocado no fundo para ele não escorregar. Ou então no lavatório. Geralmente a banheira assusta-os muito mais. Não é preciso encher a bacia com água, basta um bocado de água quente. Se optarmos por utilizar o chuveiro é importante certificar que a pressão da água é baixa e que a água não sai demasiado quente nem fria. Após agarrar e colocar o gato com muita delicadeza dentro da bacia, começa-se a molhá-lo lentamente. Pode-se usar um champô específico para gatos ou então recorrer ao champô  para bebés. Nunca se deve utilizar os champôs dos adultos, que são demasiado agressivos para a pele dos gatos. Ensaboa-se delicadamente com pequenas massagens e tendo muito cuidado com os olhos e as orelhas. Para lavar o focinho pode-se usar um bocado de algodão embebido em água tépica com um tudo de nada de champô. Depois é só enxaguar bem com água tépida (repito: muita atenção aos olhos e às orelhas, evitar ao máximo que entre água sobretudo dentro das orelhas), repetindo a lavagem se necessário para remover bem toda a sujidade. Na última enxaguadela, se derramarmos um copo de água com uma colher de vinagre de maçã, os resíduos de champô serão mais facilmente eliminados.

 

Após o banho deve-se envolver bem o gato numa toalha ou pano quentinho e começar logo a enxugar o pêlo. Durante o inverno, é aconselhável colocá-lo junto de um aquecedor ou lareira acesa para não apanhar frio e evitar que a humidade lhe cause problemas de saúde. No caso dos gatos de pêlo comprido pode ser necessário usar o secador, a uma temperatura média e direcionado para o lado contrário àquele do pêlo, penteando-o à medida que ele for enxugando. Cuidado para não enervar o gato. Por conseguinte, as suas zonas mais sensíveis como a barriga, as patas posteriores e a cauda, devem ser enxugadas em último lugar.

 

E que tal preparar em casa um champô seco a baixo custo, e o qual pode ser utilizado de tempos a tempos para manter o manto de pêlo limpo, sem necessidade de um banho? Basta espalhar no manto um bocadinho de bicabornato de sódio e depois escovar bem, ou em alternativa, usar farelo de trigo aquecido no forno a 150◦C durante 20 minutos e depois deixar arrefecer.

 

E agora só me resta dar os créditos a quem de direito, por estes bons conselhos em que me baseei, acrescentando, obviamente, o meu cunho, observação e experiência pessoal: AAVV, Enciclopedia del Gatto, Rusconi Libri, 2013. Se tivesse lido um guia prático como este há mais tempo, teria poupado a mim e aos meus antigos companheiros gatos muitos equívocos.

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia