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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

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Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

O Gato "Tuxedo"

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Sempre tive uma inclinação por gatos pretos e brancos. Isto porque o meu primeiro companheiro gato foi um maravilhoso preto e branco chamado Gavião II. Não apenas pela sua bonomia mas porque encontra-se inevitavelmente ligado à memória de meu saudoso pai. Do meu pai herdei a paixão pelos gatos. O Gavião I foi o grande companheiro gato preto e branco da sua juventude. Está tudo interligado.

 

Ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, o gato bicolor preto e branco não é uma raça mas um padrão de cor que pode ocorrer em quase todos os tipos de gatos domésticos. Porque é que os americanos lhe chamam “Tuxedo Cat”? Porque “tuxedo” (mais coloquialmente usa-se a forma abreviada “tux”) nos USA é um completo masculino usado para as ocasiões formais, como um jantar elegante por exemplo. Este fato preto, cujo casaco originariamente era distinto pela banda em cetim que forrava a lapela, é completado por uma camisa branca e um laço preto. Ora a pelagem de muitos pretos e brancos dá a divertida ideia de que os gatos parecem vestidos a rigor com um “tuxedo”. São realmente engraçados.

 

Alguns deles podem apresentar o focinho branco e a ponta da cauda também ser branca, mas a predominância parece ser pelagem preta no corpo, com pelagem branca cobrindo o peito e as patinhas. Mais raros são os “black ties”, os quais ostentam igualmente uma “gravata preta” no peito. São considerados portadores de boa sorte para os seus humanos, sobretudo em termos de prosperidade.

 

Os “Tuxedo Cats” têm revelado em alguns estudos uma diferença de inteligência na ordem dos 200% relativamente aos outros gatos. Outros estudos demonstraram que as plantas em casa das pessoas que hospedam um TC são mais saudáveis e crescem mais. Os TC são atualmente muito populares na Internet mas também o foram na antiguidade: a maior parte dos gatos representados nas tumbas reais egípcias são TC. O primeiro gato no novo mundo foi Asgerd, uma gata TC que acompanhou os Vikings nas suas expedições ao continente norte americano. Shakespeare, Beethoven e Sir Isaac Newton, e só para citar alguns exemplos de personalidades famosas, usufruiram da companhia de TC.

 

Estas são apenas algumas das muitíssimas curiosidades sobre os nossos amigos “Tuxedo Cats” que me despertaram a atenção. Muitas outras haverei concerteza a ocasião de constatar e relembrar num futuro próximo.

Eu sou o gato de Soseki

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Sempre que posso leio livros sobre gatos. Sendo o meu argumento favorito, não admira que o meu livro de cabeceira neste momento seja o romance de Natsume Soseki Wagahai wa Neko de aru. Estou a ler a versão em italiano Io sono un gatto, da Beat Edizioni, mas sei que existe também a versão em português do Brasil Eu sou um gato, editado em 2008 pela Estação Liberdade de São Paulo.

 

Natsume Soseki (1867-1916), pseudónimo de Natsume Kinnosuke, é considerado um dos grandes escritores japoneses da modernidade. Escritor e filósofo da era Meiji, originário de uma família de Samurais de Edo (atual Tokyo), escreveu 14 romances. Estreou-se em 1905 precisamente com Wagahai wa Neko de aru.

 

O protagonista deste primeiro romance do Japão moderno e de uma das grandes obras da literatura mundial, é um gato preto, audaz, cético, creativo, observador e filósofo que vive em casa do professor Kushami. O professor, habitualmente de mau humor e dispéptico, é retratado por este gato sem nome como um homem egoista, que insiste em dedicar-se a diversas bizzarrias (como escrever poesia inglesa cheia de erros, cantar no banho mas tão mal que os vizinhos chamam-lhe "maestro das latrinas", só para citar alguns exemplos) sem nunca obter resultados decentes.

 

Esta fabulosa obra não apenas nos transporta para uma época de importantes mudanças na história nipónica, como através dos olhos de um gato a humanidade é posta sarcasticamente a nu, em toda a sua incoerência, insensatez e fragilidade. Livro altamente recomendado.

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia