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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

A gatinha Astrid e os seus brinquedos

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Astrid é uma das mais sossegadas gatas que eu alguma vez conheci! Passa muito tempo deitada nos seus cantinhos favoritos, atenta ao que a rodeia, mas sempre tranquilamente, sem fazer grande alarido. Também gosta de brincar, é certo, e tem as suas bolinhas para se entreter. Mas o que mais a entusiasma é simplesmente um cordelito em movimento. Típico dos gatos, não é?

O gato Hyro

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 Este é o gato Hyro, um belíssimo Europeu com laivos de Siberiano, que hospedei cá em casa nos últimos dias.

 

Depois de algumas horas de timidez, a esconder-se e a observar atentamente todos os nossos movimentos, o que é perfeitamente compreensível pois tudo era novo e estranho para ele, começou pouco a pouco a relaxar-se. Iniciou por explorar todos os cantinhos da casa e depois escolheu os seus lugares para fazer umas belas sonecas. Um dos seus preferidos era uma cadeira almofadada posicionada por debaixo da mesa. Passámos muitas horas divertidas a brincar com uma bolinha e às escondidas. O Hyro portou-se magnificamente por todo o tempo, mostrando um caráter tranquilo e afetuoso. Sempre que queria a sua papa, vinha todo meiguinho roçar-se nas minhas pernas, olhando de quando em quando para mim e soltando um miado suplicante.

 

Como me agrada fazer cat hosting! Tenho a possibilidade de conhecer vários gatos e fazer novos amiguinhos. Naturalmente, esta é a melhor época do ano para a minha atividade de cat sitter, por via das férias.

 

O gato Sagrado da Birmânia

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O gato Sagrado da Birmânia ou Sagrado de Burma é o gato ideal para humanos inteligentes, curiosos, otimistas, sociáveis e joviais, amantes do desporto sem exageros e do shopping.  É um gato magestoso, imponente, elegantíssimo. Não tem qualquer problema em socializar com as visitas da casa, e dá-se bem com as crianças, com quem gosta de brincar.  Uma das suas caraterísticas mais marcantes, para além da sua beleza exótica, é o seu caráter maravilhoso. É um gato muito equilibrado, de índole tranquila, o que não o impede de ser um grande brincalhão e de se empoleirar nos sítios mais impensáveis.  Os seus modos graciosos, dignos da realeza, são encantadores. Os machos são um verdadeiro exemplo de cavalheirismo felino: antes de começarem a comer esperam que sejam os gatinhos e as fêmeas  a servirem-se primeiro. 

 

Adapta-se bem à vida dentro de casa, mas o ideal é que a casa disponha igualmente de um jardim espaçoso. A sua forte personalidade não é obstáculo a uma sã convivência com outros animais, nomeadamente cães. Com os seus humanos demonstra-se muito afetuoso e fiel, sendo um perfeito companheiro para pessoas idosas. Desde tenra idade é a jovialidade em forma de gato. A sua vivacidade não esmorece nem mesmo na idade adulta. É “falador” e curioso, e adora ser mimado pelos seus humanos.

 

São de tamanho médio, pesando 6 a 7 kg, os machos, e 4 a 5 kg as fêmeas. A sua corpuratura é maciça mas não robusta. Apresentam um manto de pêlo semilongo, macio e sedoso, de cor creme com reflexos dourados, e tons mais escuros de cor castanho na cauda, patas, focinho e orelhas.  Tem uma cabeça ligeiramente redonda, com umas orelhas pequenas  com pontas arredondadas, e uns belíssimos olhos grandes e amendoadas, de um azul intenso. A cauda é longa e as patas curtas e robustas, com caraterísiticas patas com “luvas” brancas.  As cores admitidas são as tonalidades da cor colour point e as cores base seal, lilac, chocolate, cream. Convém escovar o seu manto de pêlo pelo menos duas vezes por semana, e diariamente durante a muda. Se o convidarem para tomar um duche convosco, não se fará rogado, pois adora água. Em termos de alimentação, tolera bem a ração seca durante o dia, mas à noite prefere comida fresca como carnes brancas ou peixe acompanhados de verduras cozidas a vapor. É aconselhável dar-lhe um multivitamínico enquanto gatinho (até a um ano de idade) e em adulto apenas nas ocasiões de muda ou de stress.

 

Qual a origem desta magnífica raça de gatos? Existe mais do que uma versão. Uma delas é baseada na lenda dos gatos guardiões do templo de Lao-Tsun,  já referida anteriormente.  Outra versão refere que em 1919 o monge Yotag Rooh-Ougji do templo de Lao-Tsun deu de presente um casal de gatos a August Pavie, um oficial francês, e a Russell Gordon, um oficial inglês, por estes terem ajudado os monges a evitar um saque do templo durante uma revolta popular.  Maldapur, o macho, não resistiu à viagem. Sita, a fêmea, que partira da Birmânia já prenha, conseguiu chegar a França onde teve a sua primeira ninhada. Os gatinhos foram designados Sagrados da Birmânia, para não serem confundidos com os Burmeses, que em tempos foram igualmente designados Birmanos por via da sua origem.  Uma outra versão aponta para um cruzamento que foi feito entre um gato Angorá de cor branco com olhos azuis ou um Persa com o focinho pouco achatado, com um Siamês. Esta versão é mais aceite sob o ponto de vista científico, já que o gato sagrado da Birmânia possui um gene chamado “Himalaiano” que lhe confere o manto claro com as pontas mais escuras. De qualquer modo,  a raça viria a ser reconhecida em França em 1925, Na Grã Bretanha em 1966 e nos Estados Unidos da América em 1967.

 

Os gatos de Lao-Tsun

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Eis mais uma lenda associada aos gatos. Na antiga Birmânia, atual Myanmar, uma lenda conta que há muitos séculos atrás o Templo de Lao-Tsun era guardado por gatos brancos. Este templo dedicado à deusa Tsuyn-Kyan-Kse e situado nas proximidades do Lago Incaougji, tinha naquele tempo como sumo sacerdote Mun-Ha. Entre os gatos guardiões do templo, Sinh era o preferido de Mun-Ha, que o consultava como oráculo antes de tomar qualquer decisão. Sinh, com o seu manto completamente branco e olhos dourados, estava sempre com Mun-Ha, contemplando juntos a deusa, a qual era representada por uma estátua de ouro com olhos de safira. A deusa tinha o poder de conceder ao homem a transferência para o corpo de um animal sagrado antes de atingir a perfeição.

 

Uma noite, o templo foi assaltado por invasores e o sumo sacerdote foi assassinado. O gato Sinh saltou imediatamente para cima do corpo de Mun-Ha e fixou o olhar na estátua da deusa, pelo que naquele instante a alma de Mun-Ha transferiu-se para o gato. Imediatamente os olhos de Sinh tornaram-se azuis como os da deusa, e o seu pêlo ficou com  reflexos dourados enquanto que as patas tornaram-se castanhas, à exceção das pontas que permaneceram brancas porque estavam em contato com a pureza dos restos mortais do sacerdote. Sinh fixou então o olhar para a porta sul com expressão autoritária, pelo que os outros sacerdotes compreenderam que lhes estava a dar ordem de a fecharem para impedir que os saqueadores invadissem todo o templo.

 

Após sete dias da morte de Mun-Ha, Sihn morreu igualmente. Quando os sacerdotes se reuniram junto da estátua da deusa para escolher o sucessor de Mun-Ha, ficaram surpreendidos com a entrada de todos os outros gatos guardiões em procissão: cada um deles tinha-se transformado como Sinh, com os olhos azuis, o pêlo com reflexos dourados, as patas castanhas com a ponta branca.

 

Esta é a lenda que conta uma das versões da origem da famosa raça dos Gatos Sagrados da Birmânia, de que falaremos em próxima edição.

 

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