Festival dos Gatos
Que iniciativa tão interessante e maravilhosa para quem ama gatos!
Espero que a ideia pegue também em Portugal...
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Que iniciativa tão interessante e maravilhosa para quem ama gatos!
Espero que a ideia pegue também em Portugal...
Os animais vivem com a natureza e portanto tornam-se parte dela; fazem-no com dignidade, sem deixar atrás de si um rasto de destruição quando atravessam as florestas, os montes e os cursos de água. Os seres humanos podem aprender tantíssimo com tais extraordinárias criaturas. Elas pertencem à “casa” sobre a Terra tanto quanto nós, e é necessário proteger-lhe os direitos.
Tippi Hedren
Esta é a mensagem que quero partilhar hoje aqui convosco, meus queridos visitantes, tanto pela sua maravilhosa “poesia” quanto pela sua absoluta pertinência sobretudo nos dias de hoje. Uma sociedade humana como a nossa contemporânea, que se considera dona e senhora da Terra acima das suas leis naturais, que venera o lucro acima de tudo, e que se recusa a respeitar os habitats e os seus co-inquilinos e a aprender com eles, não é digna de habitar este espantoso Planeta Azul. Se não arrepiar caminho estará inevitavelmente condenada à auto destruição, como aconteceu com antigas civilizações há muito desaparecidas e substituídas por outras.
Deixemos estar por um momento as coisas engraçadas que os gatos fazem, e que tanto nos divertem através dos milhares de vídeos e fotos que populam a Internet. Os gatos, como todos os animais, são sábios na sua simplicidade e mensageiros da sacralidade da Vida. Muitos agem frequentemente com uma tal dose elevada de altruismo, compaixão e amor, que faríamos bem em aprender com eles e imitá-los; viríamos considerados quase como os santos. Eu cá já me contentava em aprender a transcorrer a Vida com a sua serenidade...
Gato que dorme sempre - possuis capacidades criativas ambivalentes: ou são escassas ou exageradas. Em ambos os casos , o efeito surtido , ou por aborrecimento ou por stress, é sonífero.
Gato tímido - tens uma certa predisposição para causar embaraço nos outros. Pode ser determinado ou pelo teu aspeto físico ou por qualquer comportamento que tende a invadir excessivamente a privacidade alheia.
Gato caçador - és fortemente agarrado às tradições e bastante perplexo perante as novidades. O facto é que julgas insensatos os usos e costumes dos outros.
Gato viciado - és uma pessoa convencida de que "marca" e "griffe" são elementos fundamentais para a aceitação e a aprovação dos outros. Os outros, por sua vez, quando se apercebem desta tua fixação, acabam por aproveitar-se.
Gato expansivo e que adora mimos - és particularmente equilibrado/a e fatalista. Dos outros não esperas nada de especial, senão auilo que te possam dar. Vives bem assim ,mesmo se te enganam.
Gato preto - espíritos samaritanos como tu, circulam por aí pouquíssimos. Procuras ajudar quem quer que seja, e estás-te nas tintas para os vários preconceitos. Algumas vezes, por excesso de zelo, corres o risco de meteres-te em sarilhos.
Vários gatos - amas a companhia e desejas ter sempre "movimento" à tua volta. O desejo que tal aconteça é de tal modo forte que no fim de contas transcuras o pormenor mais importante: fazer com que também os outros estejam bem junto de ti.
(tradução adaptada de minha autoria de textos selecionados de BONISTALLI, Roberto, "Dimmi che animale hai e ti dirò chi sei", Prato: 2007, 5ª ed., Demetra, Giunti Editore S.p.A., pp. 4, 7, 8, 9, 15, 21, 23)
Eis um interessante artigo que li sobre gatos e artistas e que passo a transcrever:
"A natureza fugidia e auto suficiente dos gatos encontra o seu reflexo natural na personalidade dos artistas. Será por este motivo que alguns entre os maiores expoentes da história da arte tinham uma autêntica paixão pelos felinos. De Frida Kahlo a Andy Warhol, de Henri Matisse a Herni Cartier Bresson, até Picasso e Salvador Dali: todos os retratos de pintores, fotógrafos e grandes designers com os seus fiéis amigos de quatro patas, reunidos no site Flavorwire."
(tradução livre de minha autoria).
Este artigo, contendo um conjunto de 24 fotografias de artistas famosos com os seus gatos, entre as quais a foto acima publicada de Pablo Picasso, pode ser lido na página italiana do L'Huffington Post.
O gato é um animal social e está acostumado a ter companhia. No seu primeiro período de vida vive com a mãe gata e os seus irmãozinhos, habituando-se à sua família originária e aprendendo com ela. Depois, quando vem inserido num habitat humano, passa a depender de uma nova família, que lhe proporciona tudo, desde um novo espaço, alimentação, higiene, cuidados veterinários, jogos e companhia.
Para que se estabeleça uma boa relação entre o gato e a sua nova família humana, é importante que tenha um contato continuado com os humanos nos seus primeiros três meses de vida. É neste breve período que o gato adquire o hábito de convivência e consolida a convenção de que os humanos não são uma presença hostil.
Contudo, convém não esquecer que embora o gato aceite voluntariamente a companhia dos humanos e chegue a socializar com eles, não é como o cão que se dispõe mais facilmente a uma relação de submissão e dependência. O gato não reconhece nenhuma superioridade ao homem, necessitando de habituar-se a ele gradualmente, de transcorrer bastante tempo na sua companhia, de receber muitos incentivos (sob a forma de snacks, por exemplo) e frequentes convites a jogar e brincar juntos, mas sempre no respeito das suas exigências felinas.
A maioria dos humanos deve dedicar a maior parte do seu tempo aos seus empenhos profissionais e pessoais, permanecendo grande parte do dia no exterior e deixando o gato sozinho em casa por longas horas. Com o seu caráter independente, a maior parte dos gatos não se importará muito com isso, desde que as suas necessidades primárias sejam satisfeitas e que se sintam seguros. Porém, algumas raças são mais sensíveis a esta questão do que outras. Estou a lembrar-me do burmês o qual é muito “agarrado” ao seu humano e não suporta estar sozinho por muito tempo. Seja como for, o ideal é que nas nossas casas os companheiros gatos sejam sempre aos pares. Deste modo nunca se irão aborrecer e deprimir, mas brincando e socializando uns com os outros crescerão sem dúvida mais felizes. E isso é o que nós queremos, certo? Quanto a nós, à parte o dobro dos danos na mobília, a alegria e o amor incondicional que receberemos será igualmente a dobrar.