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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

O gato Japonese Bobtail

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Japonese Bobtail é um gato apropriado para os humanos que buscam a felicidade. É compatível com  todo o tipo de humanos, conseguindo fazer emergir o melhor das pessoas, como grande filósofo que é e vendo nelas sempre algo de positivo, mas dá-se particularmente bem com os otimistas, artistas e espiritualistas. Um "belezoca", com a sua cauda em forma de pom-pom, muito inteligente e com um caráter benévolo e muito sociável. No Japão é considerado um verdadeiro amuleto, trazendo alegria e prosperidade às casas de quem o acolhe com amor e respeito. Por conseguinte, empresta os seus dons às simpáticas estatuetas Maneki Neko, do gatinho sentado com uma patinha levantada que parece saudar ou chamar, atraindo a Fortuna, pelo que se encontram espalhadas em todos os restaurantes, lojas e casas japonesas (e agora também um pouco por todo o mundo). 

 

Os Maneki Neko já durante a Dinastia Meiji, na segunda metade do século XIX, eram de tal modo populares ao ponto de serem vendidos fora dos templos. Existem mesmo três lendas ligadas à sua criação: uma delas refere que um homem muito famoso (um samurai, um nobre ou até mesmo o próprio imperador), ao passar por um gato que lhe acenava, desviou-se da estrada para observá-lo de perto, escapando assim de uma emboscada de malfeitores que queriam matá-lo. A segunda lenda conta que uma prostituta vivia com um gato, o qual uma noite impediu-a de exercer a sua prática, pelo que o proprietário do bordel decapitou o gato com uma espada mas que mesmo assim ferrou os dentes numa perigosa serpente, salvando a vida da sua humana. Um cliente, para consolar a rapariga, modelou em cerâmica um gato protetor, que desde então a avisou dos perigos que corria. A terceira lenda conta a história de uma velha viúva, que um dia se viu obrigada a vender o seu gato para mitigar a fome. O gato apareceu-lhe em sonho para saudá-la e a velha senhora plasmou no barro essa imagem do seu amado gato. Um dia um comerciante passou diante da sua casa e viu a estatueta, tendo encomendado outras semelhantes. Rapidamente a mulher ficou rica com a venda das estatuetas, tendo terminado os seus dias de forma muito confortável.

 

Embora japonês, o Bobtail provém originalmente da China, tendo sido levado para o Japão por volta do ano 1000. Os primeiros exemplares possuiam uma cauda muito curta, o que o tornou subitamente popular entre a nobreza, que os consideraram desde logo portadores de boa sorte. Segundo a mitologia nipónica, os demónios podiam transformar-se em gatos de cauda longa biforcada, sugando a energia vital dos humanos como se fossem vampiros. Esta crença levou, de facto, a muitos humanos cortarem a cauda aos seus companheiros gatos para evitar que estas se tornassem biforcadas, sinal de que se haviam transformado em demónios. Ora o Bobtail com a sua cauda naturalmente muito curta, não corria esse risco, razão pela qual se tornou muitíssimo apreciado, sendo imortalizado em diversas pinturas. A sua enorme fama contemporânea no Japão e no Ocidente deve-se a uma japonesa que tomava conta de gatos de rua, começando a escolher umas dúzias de gatos de cauda curta para iniciar uma seleção. Em 1968 enviou os primeiros exemplares a Elisabeth Freret, uma criadora norte-americana, do Maryland, e em breve muitos outros criadores americanos tornaram-se apaixonados pela raça, a qual foi reconhecida em 1976. Na Europa é ainda uma raça rara e cara.

 

O Bobtail é um gato de corpuratura média, com uma ótima musculatura que o torna mais pesado do que parece. As patas são longas e afuniladas, sendo as anteriores mais curtas do que as posteriores. Os pezinhos são ovais e pequeninos.Tem uma cabeça cuniforme, com grandes orelhas direitas e ponteagudas, nariz longo, olhos amendoados, grandes e muito expressivos. A cor dos olhos varia consoante a cor do manto de pêlos, muito subtis e macios, e que pode ser branco, preto, tartaruga, avermelhado e bicolor. Sendo uma raça natural, não são admitidos cruzamentos com outro tipo de gatos, afim de preservar a pureza genética.

 

Adora a companhia dos seus humanos, tolerando igualmente outros gatos ou até cães, que podem perfeitamente constituir os seus companheiros de brincadeira na ausência dos humanos. Responde quando o chamam, e o nome que lhe for atribuído deverá ser poético e encantador como o seu portador. Aprecia imenso a água, pelo que se houver um aquário, passará muito tempo a contemplar o  movimento "Zen" dos seus habitantes. Embora se adapte à vida de casa gosta mais do ar livre, deste modo, um jardim com qualquer cerejeira será ideal. Cuidado com a sua linha: é um comilão. O peixe (em todas as formas) é o seu alimento favorito. Se só lhe derem ração também a comerá, desde que seja de ótima qualidade, mas ainda assim sob protesto. E com tons de voz tais que nos incutirão inevitavelmente sentimentos de culpa, somente exorcizados com uma ida à peixaria.

Todos os dias são do gato

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Soa a cliché não é assim?

 

Há dois dias atrás o mundo comemorava o Dia Mundial do Gato. Todo o mundo menos eu, por incrível que pareça. Dia longo de duplo turno, e só vi gatos no ecrã do televisor da tasquinha onde me encontrava na minha pausa para jantar.

 

- “Ossos do ofício” -  diz ela para se desculpar (pensam vocês).

 

A verdade é que para mim é difícil que passe um dia que não seja do gato. Ora vejo-os nos quintais, nas soleiras das portas, à janela das casas, nos azulejos ou pinturas das paredes, atravessando ruas, ora simplesmente percorrem os prados da minha imaginação. Realmente os gatos ocupam muitos dos meus dias, para não dizer todos. Até hoje ao pequeno almoço, bebia a minha cevada numa caneca com três esplêndidos gatos desenhados por uma criança que, como eu, sabe apreciar a estética felina.

 

A vida sem gatos? Com certeza continuaria a passar e nós teríamos outros seres onde investir a nossa paixão e entusiasmo, mas decisivamente, não seria a mesma coisa… 

O Regresso do Velho Gato

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Caros amigos, saudo-vos pela primeira vez neste novo ano, após mais uma ausência prolongada. Desta vez justificada com mudanças a nível pessoal e profissional. Depois de uma maravilhosa experiência na Bella Italia, ei-me de regresso à Pátria natal. Deixei na Pátria adoptiva não apenas metade do meu coração, parentes e amigos queridos, mas tantos gatos que fizeram parte dos meus últimos quatro anos de vida e de quem sou já muito saudosa.

 

Agora, há que olhar em frente e prosseguir viagem. É a vez de estar recetiva a novos encontros, desafios e vivências com os nossos pequenos felinos nacionais. O Velho Gato Sábio está de volta! A quem me tem honrado com a sua visita e participação, desde o início desta aventura gatófila, o meu muito obrigada. Espero continuar a merecer a vossa atenção.

 

Desejo a todos um fantástico 2017, com tudo de bom, e sempre beneficiários do privilégio da presença graciosa e benigna dos nossos amigos gatos.

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia