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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

O nascimento de gatinhos

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Quem tem uma companheira gata em casa não esterilizada, sabe os riscos que corre de, mais cedo ou mais tarde, por muita precaução que se tome, ela acabar por dar à luz uma ninhada de gatinhos.

 

Sem dúvida que o nascimento, de qualquer espécie de seres vivos, é sempre um “milagre” da Vida. Quem é que consegue ficar indiferente perante o surgimento daqueles pequeníssimos seres (quando nasce, um gatinho mede cerca de 11 a 15 cm de comprimento e pesa entre as 70 e as 135 gramas), tão belos e frágeis?! Nascem cegos e surdos, com as pálpebras fechadas e as orelhas dobradas. Assim, não podendo ver nem ouvir, e não sabendo ainda caminhar, nas primeiras semanas de vida dependem inteiramente dos cuidados maternos. Nessa altura a ligação dos gatinhos com a mãe gata é forte. Ela até aceita amamentar gatinhos que não são dela. Quando começa a familiarizar-se com a sua própria prole é que tende a dedicar-se somente aos seus filhinhos. Duas semanas após o nascimento, a mãe gata e os seus pequenotes começam a comunicar entre si com sinais olfativos (esfregam o focinho), o que reforça ainda mais os laços entre eles.

 

Eis as mais importantes etapas do crescimento dos gatinhos. Começam a abrir os olhos entre os 5 e os 10 dias depois do nascimento. Abrirão completamente os olhos entre os 8 e os 20 dias. Até às 12 semanas os seus olhos possuem uma cor cinzento-azulada, começando a mudar de cor a partir dessa altura. São alimentados pelo leite materno até às 3 ou 4 semanas de vida, após o que começam a adquirir capacidade de digerir os primeiros alimentos sólidos (os dentes de leite surgem a partir das 8 semanas e os primeiros dentes permanentes entre as 12 e as 18 semanas). Entre os 21 e os 25 dias começam a caminhar, e passadas 4 ou 5 semanas já conseguem correr. Depois das 3 ou 4 semanas é a altura ideal para iniciarmos a treiná-los a utilizar corretamente a sua toilette. Aprendem a lavar-se e a brincar entre as 4 e as 5 semanas, e entre as 6 e as 8 semanas iniciam as práticas de caça.

 

Após oito semanas tornam-se mais independentes, começando a abandonar a mãe. Quando atingem os seis meses são já completamente independentes. Apesar de pertencerem à mesma ninhada, cada gatinho desenvolve-se de acordo com ritmos e tempos variados: enquanto alguns se tornam independentes bastante cedo, outros dependerão da mãe até mais tarde. O próprio desenvolvimento físico poderá variar de gatinho para gatinho. O mais pequenino será sempre o mais débil, pelo que deveremos estar atentos à necessidade de ser mais protegido.

 

Se os gatinhos são de raça, convém registá-los após 15 dias do seu nascimento. Quanto aos cuidados veterinários, após as 9 semanas devem ir levar as primeiras vacinas e regressar depois das 12 semanas para mais vacinas. No caso das fêmeas, se se optar pela esterilização, este procedimento poderá ser feito pelo veterinário após as 16 semanas, enquanto no caso dos machos a castração poderá ser realizada após as 36 semanas.

Gatos e cães amigos

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Permito-me hoje partilhar esta bonita fotografia (in www.mundodosanimais.pt), tão expressiva, e que ao mesmo tempo ilustra a destruição de mais um mito em torno dos gatos. Quem disse que os gatos não são nem podem ser amigos dos cães? Claro que todos nós conhecemos situações em que agem como se fossem inimigos mortais. Daí a expressão popular "brigar como cães e gatos".

 

De onde virá essa rivalidade? Muito provavelmente a "culpa" é do instinto. Tal como os gatos, os cães ainda conservam o legado dos seus antepassados selvagens, que antes de serem domesticados tinham de caçar para sobreviver. Por conseguinte, quando encontram um gato que reage com medo (fica todo arrepiado e foge), o instinto de caçador dos cães é acionado, pelo que a sua tendência natural será considerar o gato como uma presa, que perseguem com afinco.

 

Porém, se gato e cão foram apresentados desde cedo (o ideal será iniciar o processo de socialização entre os 2 e os 4 meses de idade), as probabilidades de conviverem na mesma casa de forma harmoniosa e pacífica são enormes. Há mesmo casos em que dormem e brincam juntos, e não vivem um sem o outro. Por isso, não desesperem os humanos que gostam de ambos e pretendem partilhar o seu lar com estes dois alegres companheiros. Com amor, dedicação e paciência, tudo se consegue na vida...

O relax do Tonecas

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 Lembram-se do Tonecas? Já lá vão cerca de quatro meses desde que ele passou a fazer parte da minha vida. Não sei nada sobre a sua origem, se tem outros Humanos a quem se dedica, se tem outro nome... só sei que ele para mim é o Tonecas, e que todos os dias, com raras exceções, me honra com a sua presença no pátio da casa.

 

Claro que vem pela paparoca que diariamente lhe ofereço! Mas não só. Adora miminhos e desses também não lhe falta uma dose quotidiana. A sua forma de me agradecer é ficando assim, em relax (o que significa que confia em mim) e rebolando-se, visivelmente satisfeito pelas atenções que recebe.

 

Perfeitamente merecidas. É um gato encantador.

Gatos e doenças de pele

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Quando o nosso caro amigo gato se coça, por vezes não podemos deixar de sorrir pelas posições engraçadas que assume. Porém, pode ser indicador de algo sério: doenças de pele. Estas podem ser devidas a parasitas ou não. Há que estar atento, sempre que se escova o seu pelo, para detetá-las atempadamente e recorrer a tratamentos  específicos consoante a gravidade da situação. E claro, prevenir é sempre melhor que remediar. Os conselhos de um veterinário são importantes para determinar quais os produtos antiparasitários mais adequados.

 

As mais comuns são as infestações de pulgas. O gato é facilmente "atacado" por estes parasitas. A pulga (Ctenocephalides felis) é perigosa porque, para além de causar danos na pele, pode ser portadora de larvas de ténias ou de certos vírus. Uma infestação de pulgas é notória pelo facto de levar o gato a coçar-se ou a contorcer-se furiosamente. Podemos ainda observar na pele do animal, pequenos pontos negros semelhantes a grânulos de carvão, que são as fezes dos insetos. Outro sinal da presença de pulgas é o aparecimento de furúnculos rosáceos, escuros no centro, sobretudo na espinha dorsal que é a zona é mais sensível às substâncias proteicas produzidas pela saliva das pulgas.

 

As infestações de carraças são igualmente nocivas para o animal, causando-lhe anemia, pois sugam o sangue. Este parasita (Ixodes) fica de tal modo inchado que parece um bago de uva, sendo fácil confundi-lo com um cisto ou um tumor cutâneo. Como o seu aparato bucal permanece agarrado ao estrato cutâneo do pequeno felino, é necessário muito cuidado na sua extração, uma vez que se poderá arrancar o corpo mas não o aparelho bucal cravado na pele, e isso provocará um abcesso na pele. Deverá ser usada uma gota de clorofórmio ou de éter, esperar que o aparelho bucal se destaque da pele, e finalmente remover a carraça inteira com uma pinça. Uma vez removida a carraça, o gato deve ser tratado com um antiparasitário apropriado.

 

Também é possível surgirem no gato infestações de piolhos, concentradas mais frequentemente na cabeça mas podendo estender-se a todo o corpo. O piolho (Felicola), grande como a pulga, pode causar debilidade e anemia no animal, já que existe um tipo de piolho que suga igualmente o sangue.

 

Outro parasita que causa danos na pele dos gatos, nomeadamente inflamações cutâneas e perda de pelo, é o ácaro da sarna. A espécie de ácaros mais difusa é Notoedres que se aloja no interior da pele, em especial da cabeça e das orelhas, provocando dermatites.

 

Algumas dermatites ou inflamações cutâneas são devidas a outros fatores como bactérias, alergia a certos alimentos, contacto com substâncias químicas irritantes, queimaduras solares, carências vitamínicas ou disfunções hormonais. Neste caso, não se deve aplicar uma qualquer pomada sem ser receitada pelo veterinário. É frequente os gatos lamberem a pomada e isso pode ser ainda mais prejudicial para eles. O melhor é cortar o pelo em redor da área afetada, limpar a pele com água tépida, desinfetar com um antisético ligeiro e enxugar bem. Se o gato começar a lamber ou mordiscar a parte afetada, colocar um colar. Pode-se comprar um já pronto ou fazer um a partir de um cartão cortado em forma de cone, fixá-lo em volta do pescoço do gato e fechá-lo com fita adesiva. Contudo, será sempre conveniente levar posteriormente o gato ao veterinário.

 

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia