Elogio aos gatos
"Os gatos nunca são vulgares." Quem o disse foi o escritor e fotógrafo americano de origem holandesa, Carl Van Vechten (1880-1964). Esta sua citação já esteve aqui em destaque e é uma das minhas favoritas pela sua simplicidade e precisão.
Ou se amam ou se odeiam. Mas não se permanece indiferente. Pessoalmente, elevo-os a seres mágicos de outra dimensão. De facto, os gatos possuem um não sei quê que os torna criaturas misteriosas e enigmáticas. Talvez por isso sejam tão fascinantes. Por muito que se pense de os conhecer, suscitam sempre interrogações. A sua elegância e agilidade de movimento são inconfundíveis. Acrobatas de excelência. Espíritos livres. Conseguem manter um destacamento e uma independência invejáveis, sem deixarem de ser afetuosos e generosos. Companheiros extraordinários. Dão-nos grandes lições de inteligência e de estilo. Um savour faire e uma maneira aristocrática de estar no mundo. Sem pedantismo, mas naturalmente altivos. Divertidos, fazem do jogo um exercício e uma preparação para a vida. Mesmo a dormir são encantadores.
E sabem infundir amor e ternura como ninguém nos corações, por vezes gélidos, dos humanos.