Gatos cor de chocolate
Adoro chocolate! É um daqueles prazeres terrestres a que não consigo próprio renunciar. Além do mais, graças às suas propriedades capazes de estimular a serotonina, uma das nossas hormonas da felicidade, tem sido um “amigo” nas horas incertas, conduzindo-me a maravilhosos estados “zen”, ainda que efémeros. Os gatos são particularmente peritos em agraciar-me com tal efeito. Que melhor aliança poderia então existir senão aquela de um gato cor de chocolate? Nesta ordem de ideias, um meu futuro companheiro gato poderia muito bem ser um York Chocolate.
O York Chocolate é um gato maciço, com patas compridas mas sólidas e uma longa cauda farfalhuda. Possui uma cabeça arredondada e olhos amendoados de cor verde e amarelo ou de cor avelã claro. O seu manto de pêlo é semi comprido e espesso. Podem variar entre a cor chocolate mais ou menos escuro e o “chocolate de leite”, ou seja, cor chocolate e branco. De caráter alegre e equilibrado, dá-se bem com todos os membros da família, incluíndo um cãozito ou um outro gato, desde que submissos. Adora os humanos. Aliás, segue o seu humano como uma sombra e é curioso sobre todas as suas atividades domésticas. É preciso ter cuidado com os pés quando se está na cama. Basta um movimento e... zás, tornam-se imediatamente uma fonte de divertimento para o nosso amigo peludo, que é um brincalhão nato. Embora muito sociável com a família, é um tantinho desconfiado com as visitas. Não gosta do frio, pelo que durante o inverno é bom que em casa haja uma lareira ou um eficaz sistema de aquecimento e muitas cobertas quentinhas. É muito vaidoso, e se for escovado amiúde não se importa nada, antes pelo contrário, ronronará com muito agrado. Para satisfazer o seu apetite, carne picada sob a forma de hamburguer é obrigatória, e também um pouco de peixe.
Como surgiu a raça York Chocolate, cujo nome deriva da “Cidade que nunca dorme” e da cor da tão amada iguaria? É originária de um “amor fortuito” em 1983, entre uma gata americana de nome Blacky, de cor branco e preto (a sua humana era a senhora Janet Chiefari), e o Smokey, o gato preto dos vizinhos. Desse encontro fugaz nasceu a Brownie, uma gatinha de cor chocolate. A partir daí foi iniciada uma seleção rigorosa de apuramento, até que esta raça “moderna” fruto do acaso foi reconhecida nos Estados Unidos em 1993, e uns anos mais tarde na Europa.