Gatos Loucos por Erva?
Existe uma erva que atrai os nosso amigos gatos como ninguém. E ao que parece também outros felinos como leões, tigres e panteras. É a Nepeta cataria, mais conhecida por “erva-gateira” ou “erva-dos-gatos”. O nome Nepeta deriva do latim nepa que significa escorpião (de facto, os antigos acreditavam que era eficaz contra a picada daquele animal) e cataria vem da palavra latina catus que significa gato.
Trata-se de uma herbácea de origem europeia e do Sudoeste asiático, da família das Lamiaceae, com uma aroma semelhante à menta, a qual pertence à mesma família. Apresenta folhas e caules cobertos com pêlos esbranquiçados e flores purpúreas ou brancas e rosadas que crescem no cimo das hastes.
De referir que aquela erva que se vende nos supermercados e noutras lojas, apesar de muitas vezes vir identificada como “erva-gateira”, não tem nada que ver com a Nepeta cataria, é uma outra erva com folhas finas e longas.
Porque é que os gatos quando interagem com a verdadeira Nepeta cataria ficam “malucos” ou então parecem estar num estado “Zen”? Porque esta erva contém um óleo – o nepetalactone – cuja molécula age sobre o cérebro dos gatos, activando diversas áreas. Por exemplo, a área da actividade sexual, e por conseguinte, o gato rebola e esfrega-se como as fêmeas que demonstram estar disponíveis. Ou a área de estímulo do apetite, o que leva o gato a mastigar a erva e a cheirá-la intensamente. Ou ainda aquela do instinto de predador, fazendo com que o gato brinque com a erva como se estivesse a caçar.
Também possui propriedades calmantes e sedativas. Aliás, já ao tempo dos romanos o chá feito com esta erva era utilizado pelos humanos precisamente para as insónias.
Ao contrário dos estupefacientes nos seres humanos, a “erva-gateira” não produz dependência nem efeitos colaterais nos gatos. Por conseguinte, se querem fazer os vossos “ronrons” felizes, certifiquem-se de adquirir a verdadeira erva, confeccionem uns lindos saquinhos, encham-nos com a erva e presenteiem-nos aos gatos. Seguramente serão muitíssimo apreciados.
Texto e Imagem ©Isabel Brás 2015 |