Cada vez que a Oli sobe para cima da cama, lá começa ela por "amassar o pão". É tão engraçado! É um dos aspetos dos gatos que ao mesmo tempo que me faz rir, me enternece.
Talvez porque me recorde que ela naquele momento está andando atrás no tempo até quando era apenas uma gatinha pequenininha e se encontrava junto da barriga da sua mãe gata, espremendo as tetas em busca do leite. Relaxa e goza essa sensação reconfortante sobre a minha camisola, sobre a minha barriga ou outro ponto mole do meu corpo. Mesmo quando sinto as suas unhas, fico muito honrada por esta sua demonstração de afeto, pois quando o faz significa que confia completamente em mim.
Precisa como um relógio suiço, a Oli todas as manhãs à mesma hora posiciona-se junto à porta. Aguarda, não muito pacientemente como a imagem poderá sugerir, que a deixemos entrar para reclamar ruidosamente o seu pequeno-almoço.
Eis a Oli, a repousar neste feriado de 15 de agosto de 2017.
Ainda se podem ver os vestígios da intervenção a que foi recentemente submetida (esterilização), na barriguita e na patita. Contudo, tem recuperado bem e continua a saltitar de um lado para o outro da casa e do quintal. É um bocado "elétrica", normalmente não pára um segundo.
Talvez por isso, esta foto capta um momento raro de tranquilidade.
Esta semana, levei a gatinha Oli ao Veterinário para uma intervenção cirúrgica de esterilização. Felizmente correu tudo bem. Mesmo ainda exibindo o penso na barriguita, não se incomoda com isso e saltita à minha frente sem problemas. Não perdeu o apetite, pelo contrário, devora a comida num ápice e está ainda mais "pedinchona" do que antes. Provavelmente porque antes da intervenção teve de ficar 12 horas sem comer nem beber por causa da anestesia. Veio no mesmo dia para casa (existem casos em que ficam em observação na clínica por uma noite). Uma vez chegada em casa, dei-lhe muitos mimos e comida ligeira em pequena quantidade, tendo ficado no sofá em convalescença toda a noite.
Foi uma decisão tomada sem grandes hesitações. A Oli tem liberdade para andar no pátio e no quintal, locais de passagem de outros gatos da vizinhança, pelo que mais vale prevenir do que remediar. Algumas pessoas questionam-se se é ético submeter os seus companheiros gatos à castração (machos) ou esterilização (fêmeas). Claro que o ideal será sempre deixar a Natureza seguir o seu curso. Contudo, sejamos práticos. A menos que exista a possibilidade de providenciar às ninhadas de gatinhos um futuro, ou que o gato ou a gata tenha pedigree e se pretenda fazer criação, tais medidas são tidas como necessárias.
Nos machos, esta intervenção contribui para reduzir a sua agressividade, a tendência a vagabundear e o nauseabundo odor de urina com que marcam o território. A operação, executada sob anestesia geral, é priva de riscos e indolor, devendo ser praticada após os nove meses de vida. Antes disso é desaconselhável porque o incompleto desenvolvimento do pénis poderia provocar bloqueios urinários quando o gato chegasse a uma certa idade.
Nas fêmeas, a esterilização deve ser feita entre os quatro e os nove meses, a qual consiste numa extração dos ovários e de boa parte do útero, sob anestesia geral. É irreversível e não produz efeitos colaterais. Manter simplesmente as jovens gatas afastadas dos machos não resolve. Além do mais, as gatas virgens têm tendência a desenvolver quistos nos ovários e doenças uterinas. A esterilização é contraindicada quando as gatas possuem uma idade inferior aos três meses; quando se encontram na época do cio pois a alta taxa de hormonas no sangue aumenta a possibilidade de ocorrerem hemorrogias; e quando estão com mais de quatro semanas de gestação.
Como alternativa à esterilização, pode-se optar pelo uso da pílula contracetiva, sob a forma de injeção ou comprimidos, e por prescrição do veterinário,produzindo um efeito suficientemente duradouro. No entanto, salvo casos particulares de curta duração, a esterilização é preferível. O uso da pílula comporta algumas desvantagens: não pode ser tomada por gatas diabéticas; têm como efeitos colaterais, uma excessiva preguiça, aumento de apetite e aumento de peso; doses prolongadas no tempo aumentam os riscos de doenças uterinas.
Ora cá temos a Oli empenhada no consumo da sua paparoca.
Que estranho aparato é aquele? Perguntam vocês. Trata-se de um simples método anti formigas que a minha amiga Ana me sugeriu. Principalmente nesta altura do ano, verdadeiros exércitos de formigas invadem o nosso pátio, pelo que os "comedouros" dos gatos tornam-se alvos certeiros de "ataques" diários por parte dos pequenos insetos. Um grande incómodo para os meus caros hóspedes felinos.
Com este método cria-se um "fosso" com água, sendo menos provável que as formigas consigam chegar à comida. Ainda que não funcione a 100% (porque muitas formigas continuam heroicamente a tentar alcançá-la, mesmo à custa de se afogarem), posso garantir que faz uma bela diferença. Assim, a Oli e o Tonecas já podem desfrutar do seu alimento com maior tranquilidade.
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