Eu e o gato Antonio: uma amizade especial
O gato Antonio Banderas é um gato que eu tenho o privilégio de conhecer e de conviver com frequência. Uma “panterinha” fofa e gentil, que habita com um casal amigo. Sempre que os visito, ele vem logo direito a mim, pois sabe que receberá muitos mimos. É um grande mimalho, ou como dizem os italianos, um coccolone.
Tem maneiras muito giras de me receber: primeiro, dirige-se ao local onde sabe que se encontra a sua escova e vai-se empoleirar no muro defronte da porta de entrada da casa. O seu modo de me dar as boas vindas, é permitindo-me de escová-lo. Fica sentadinho e quieto, enquanto eu o escovo, apreciando imenso este pequeno “ritual”. Depois de voltarmos a entrar em casa, mal inicio a fazer-lhe festinhas, deita-se no chão de patitas no ar para que eu lhe faça festas também na barriguita. Isso é uma grande honra para mim. Normalmente os gatos não apreciam que lhe toquemos nesta zona do corpo, para eles vulnerável. Alguns podem interpretar mesmo como um ataque e responder agressivamente, arranhando ou mordendo. Mas o Antonio não. O Antonio adora que eu lhe faça festas na barriga. Quando permanece sentado, acho piada igualmente ao facto de me dar sinais, sempre que faço uma pausa por uns instantes: alça-se uns centímetros e dá marradinhas nas minhas mãos como que a dizer-me: “Mas porque paraste? Continua, que eu quero mais festinhas!”
Entretanto, à medida que eu me movo pela casa dos meus amigos segue-me por todo o lado. Se eu me detenho em algum sítio, vem roçar-se nas minhas pernas e volta-se de costas. Este é outro privilégio. Os gatos só nos voltam as costas se têm muita confiança em nós. E pronto, lá começa mais outra sessão de mimos. Ao contrário de alguns gatos que se aborrecem depois de alguns minutos, o gato Antonio parece não se cansar de receber festas.
Eu sinto uma alegria imensa com esta minha amizade especial com o gato Antonio. E é muito bom para quem ama gatos, saber que muitos deles são hospedados com carinho e primor pelos humanos, como é o caso. Este é um gato feliz, bem cuidado e muito amado. Ainda por cima, pode andar livremente na maior parte do tempo e em segurança, num enorme quintal nas traseiras da casa. De vez em quando, os meus amigos oferecem-me uns ovos das galinhas que criam ali. Por graça, costumam dizer-me que são “das galinhas do Antonio”, porque o gato habituou-se desde pequenino à sua presença, e não só não lhes faz nenhuma mossa, como gosta de estar em sua companhia.