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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

Deixem aqui os vossos comentários, enviem "coisas de gatos" para o nosso e-mail: velhogatosabio@gmail.com e espreitem a página VGS no Facebook: Isabel Santos Brás (Velho Gato Sábio). Obrigada pela vossa visita. Voltem sempre!

Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

Amo gatos ponto final

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Há alguns meses atrás circulou por aí uma notícia que concerteza deixou lisonjeados muitos gatófilos, na medida em que um estudo de cientistas americanos concluiu que as pessoas amantes de gatos são mais inteligentes do que as pessoas amantes de cães. Por caridade, quem sou eu para colocar em causa a idoneidade do mencionado estudo. Porém, mesmo sendo gatófila, sinceramente não me aqueceu nem me arrefeceu. Aliás, nem sei bem se concordo.

 

No que me diz respeito, gosto igualmente de cães. São lindos, espertos, meigos e sem dúvida, uns companheiros fiéis e maravilhosos. Acontece é que sinto uma maior inclinação para os gatos. Isso não faz de mim nem mais nem menos que os outros. Amo gatos ponto final! Desde tenra idade que tenho um amor incondicional pelos pequenos felinos e um fascínio sem rival. Sou apologista que cada um de nós possui o pleno direito de formar a sua própria opinião, selecionar criteriosamente os seus gostos, e exprimir-se como pode e como quer, desde que isso não seja danoso para ninguém.

 

Esta questão fez-me refletir sobre a inutilidade de estarmos sempre a estabelecer comparações e confrontos com tudo e com todos. Façamos um grande favor a nós próprios, aos demais, e principalmente aos nossos amigos animais: amemo-los livre e conscientemente, sem etiquetas nem preços.

 

Porque Gostamos Tanto de Gatos?

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Tobias: Miau... bom-dia Humana Bé! Estás tão quieta, o que estás a fazer?

Humana Bé: Bom-dia Tobias, dormiste bem? Estou aqui a pensar como vocês, gatos, são tão extraordinários.

Tobias: Bem... modestia à parte, é verdade. E pelo que me apercebo, há imensos humanos que pensam como tu. Porque é que vocês gostam tanto de nós?

Humana Bé: Olha, em primeiro lugar pela vossa inteligência, elegância e agilidade. Não encontro igual. O vosso ar sempre altivo e magestoso. O modo como caminham. E como correm. Como trepam às árvores e afiam as unhas nos seus troncos. Como se esgueiram por espaços tão pequenos. Como brincam e maneiam as cabecitas e arqueiam o corpo quando o fazem. Então a forma como se espreguiçam depois de uma soneca, é deliciosa!

Tobias: E mais, e mais?

Humana Bé: Tudo em vocês me seduz. Gosto muito de tocar no vosso pêlo, é macio e sedoso. Acariciar-vos baixa-me a pressão arterial e acalma-me. Adoro quando alçam o rabito e vêm direitos a mim, roçam-se nas minhas pernas e dão-me marradinhas. Quando me cheiram. Mesmo se possuem uma língua um tanto ao quanto áspera, gosto quando me lambem, fazem-me cócegas. Gosto de ver essas linguitas quando bebem. Depois, começam um engraçado ritual de higiene, lambendo os bigodes; seguem-se as lambidelas nas patas, para passá-las por sobre as orelhas e por todo o focinho. E quando me fixam com os vossos misteriosos olhos, fico intrigada. Parece mesmo que conseguem ver o interior da minha alma!

Tobias: É não é que “vemos” mesmo?

Humana Bé: Há quem diga que vocês são telepáticos. Eu acredito. Aliás, estou a comunicar contigo neste momento, não estou? Caso contrário, como estaríamos a ter esta conversa?

Tobias: Alguém pode sempre alegar que não passa de imaginação humana.

Humana Bé: Há muita gente céptica neste mundo. Respeitemos a sua opinião. Mas no entretanto, onde é que nós íamos?

Tobias: Nos nossos misteriosos olhos...

Humana Bé: Oh sim, os vossos olhos! Azuis, verdes, amarelados... gosto de todas as suas cores. E parece que combinam sempre bem com os vossos “casacos” de pêlo, com padrões tão variados.

Tobias: O Alfaiate-Mor tem muito bom gosto.

Humana Bé: Quem acha que a perfeição não existe, não gosta de gatos.

Tobias: Estás-me a deixar encabulado com tanto elogio, eheheh.

Humana Bé: São mais que merecidos para quem nos dá tanta alegria. Pelo menos a mim sucede assim. Todos os gatos que encontro são fonte de uma alegria que não consigo explicar com meras palavras. Jorra de dentro, é pura, genuína e infindável.

Tobias: Percebes agora a nossa principal missão na Terra?

Humana Bé: Sim, percebo. E sou-vos muito grata.

Tobias: Não tens de quê. Mesmo que muitos humanos ainda não compreendam e nos maltratem, aceitamos de bom grado fazer parte da vossa experiência e dar-vos um pouco de alegria.

Humana Bé: Infelizmente ainda existem muitos de nós que vos perseguem e maltratam. Isso deixa-me muito triste.

Tobias: Não fiques triste. E não julgues mal a tua família humana. Está ainda a evoluir e tem muito que aprender. Por exemplo, a eliminar a ignorância e o medo. A ignorância e o medo leva muitos de vocês a serem prepotentes e violentos. Mas à medida que as vossas consciências forem despertando e vocês forem trabalhando no vosso interior, tudo irá melhorar. Para vocês, e também para nós que vos acompanhamos na vossa aventura.

Humana Bé: Tens razão. Temos de ser pacientes uns com os outros. Cada um encontra-se no seu nível de consciência e não temos o direito de exigir aos outros coisas que eles ainda não são capazes de nos dar.

Tobias: Um dia tornar-te-ás tão sábia quanto eu.

Humana Bé: Quem me dera! Estou a aprender imensas coisas contigo e isso já me deixa feliz. Oh... mas olha só as horas! Nós aqui na conversa e o cozinhado que deixei ao lume a queimar-se. Vou já para a cozinha antes que seja tarde. Senão, hoje não há jantar. Falamos mais tarde?

Tobias: Miau... claro que sim. Vou voltar à minha almofadinha para mais um soninho. Daqui a pouco chama-me. Não te esqueces também da minha paparoca?

 

Texto e imagem de Isabel Brás ©2014

 

 

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Associazione Gatti d'Italia