O nascimento de gatinhos
Quem tem uma companheira gata em casa não esterilizada, sabe os riscos que corre de, mais cedo ou mais tarde, por muita precaução que se tome, ela acabar por dar à luz uma ninhada de gatinhos.
Sem dúvida que o nascimento, de qualquer espécie de seres vivos, é sempre um “milagre” da Vida. Quem é que consegue ficar indiferente perante o surgimento daqueles pequeníssimos seres (quando nasce, um gatinho mede cerca de 11 a 15 cm de comprimento e pesa entre as 70 e as 135 gramas), tão belos e frágeis?! Nascem cegos e surdos, com as pálpebras fechadas e as orelhas dobradas. Assim, não podendo ver nem ouvir, e não sabendo ainda caminhar, nas primeiras semanas de vida dependem inteiramente dos cuidados maternos. Nessa altura a ligação dos gatinhos com a mãe gata é forte. Ela até aceita amamentar gatinhos que não são dela. Quando começa a familiarizar-se com a sua própria prole é que tende a dedicar-se somente aos seus filhinhos. Duas semanas após o nascimento, a mãe gata e os seus pequenotes começam a comunicar entre si com sinais olfativos (esfregam o focinho), o que reforça ainda mais os laços entre eles.
Eis as mais importantes etapas do crescimento dos gatinhos. Começam a abrir os olhos entre os 5 e os 10 dias depois do nascimento. Abrirão completamente os olhos entre os 8 e os 20 dias. Até às 12 semanas os seus olhos possuem uma cor cinzento-azulada, começando a mudar de cor a partir dessa altura. São alimentados pelo leite materno até às 3 ou 4 semanas de vida, após o que começam a adquirir capacidade de digerir os primeiros alimentos sólidos (os dentes de leite surgem a partir das 8 semanas e os primeiros dentes permanentes entre as 12 e as 18 semanas). Entre os 21 e os 25 dias começam a caminhar, e passadas 4 ou 5 semanas já conseguem correr. Depois das 3 ou 4 semanas é a altura ideal para iniciarmos a treiná-los a utilizar corretamente a sua toilette. Aprendem a lavar-se e a brincar entre as 4 e as 5 semanas, e entre as 6 e as 8 semanas iniciam as práticas de caça.
Após oito semanas tornam-se mais independentes, começando a abandonar a mãe. Quando atingem os seis meses são já completamente independentes. Apesar de pertencerem à mesma ninhada, cada gatinho desenvolve-se de acordo com ritmos e tempos variados: enquanto alguns se tornam independentes bastante cedo, outros dependerão da mãe até mais tarde. O próprio desenvolvimento físico poderá variar de gatinho para gatinho. O mais pequenino será sempre o mais débil, pelo que deveremos estar atentos à necessidade de ser mais protegido.
Se os gatinhos são de raça, convém registá-los após 15 dias do seu nascimento. Quanto aos cuidados veterinários, após as 9 semanas devem ir levar as primeiras vacinas e regressar depois das 12 semanas para mais vacinas. No caso das fêmeas, se se optar pela esterilização, este procedimento poderá ser feito pelo veterinário após as 16 semanas, enquanto no caso dos machos a castração poderá ser realizada após as 36 semanas.