Como evitar a gripe felina
Com a mudança de estação e os dias mais frios e húmidos, apanhar uma gripe é um ápice. Primeiro foi o marido, depois chegou a minha vez. Estivémos alguns dias de cama e mesmo que o pior já tenha passado, não há meio de nos livrarmos da irritante tosse. Para dizer a verdade ainda me sinto “um trapo”. Mas, com um pouco de paciência, uns caldos de galinha e uns xaropes, a coisa há-de passar.
Os gatos podem sofrer dos mesmos problemas do aparato respiratório que nos afligem. Quando encontramos o nosso amiguinho com tosse, secreções nasais, olhos lacrimejantes e respiro afanoso, pode ser sinal de uma ligeira indisposição que se resolve com poucos dias de cura. Contudo, podem ser igualmente indicações de uma infeção mais grave. São três os vírus e um germe patogénico a produzir inflamações nas vias respiratórias dos gatos, conduzindo a uma “gripe felina”. E tal como no caso humano, em que a gripe em determinadas condições desencadeia algo bem mais grave e até letal, nos gatos pode acontecer a mesma coisa, pelo que todos os cuidados são poucos. É que um dos tais vírus provoca a Rinotraqueíte Infecciosa, bastante perigosa. Depois de um período de incubação de vai dos 2 aos 10 dias, aparecem os sintomas de inflamações nos olhos, nariz, na traqueia e descargas nasais. Por conseguinte, logo que um destes sintomas se manifeste devemos imediatamente levar o gato ao veterinário.
A melhor maneira de prevenir a gripe felina é a vacinação. Ainda que a vacina possa não ser totalmente eficaz, e que alguns gatos não adquiram (pelo menos a curto prazo) imunidade, sempre faz alguma coisa para reforçar as defesas do nosso gato. Será o veterinário a determinar com que idade o gato pode iniciar a tomar a vacina anti-gripe, e só a aplicará em gatos sãos. Após 3 ou 4 semanas da primeira dose segue-se uma segunda, e somente depois de uma semana dessa segunda inoculação é que o gato ficará mais protegido. É muito importante que após a vacinação, o gato não seja exposto a lugares onde exista risco de infeção, como por exemplo a rua, os canis ou gatis, hotéis e pensões para animais de companhia, ou um Cat hoster que não seja de confiança. No caso de termos de nos ausentar e não ser possível levar connosco o nosso companheiro gato, o ideal é poder recorrer a algum amigo ou familiar que o possa hospedar. Em último caso certifiquemo-nos, porém, de que o alojamento escolhido não tenha outros gatos não vacinados. O importante é evitar que ele entre em contato com outros animais que possam estar já infetados.Estarmos sempre atentos a observar se o gato se alimenta bem, ou se vai regularmente à toilette também é útil para detetarmos se qualquer coisa não vai bem com o nosso amigo peloso e agirmos rapidamente, levando-o atempadamente ao veterinário.