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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

Caríssimos amigos gatófilos e demais visitantes

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Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

O Gato "Leopardo" de Bengala

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Parece um pequeno leopardo, não é verdade? Apresento-vos o gato de Bengala, mais uma raça fantástica, "criada" pelos seres humanos. Derivado ao facto de, infelizmente, os nossos pequenos amigos poderem ser atingidos pela FELV (leucemia felina), e dos felinos selvagens serem imunes a ela, em 1973 a Universidade Loyola de Chicago, nos Estados Unidos da América, financiou os estudos de genética do Dr. Willard R. Centerwall, o qual cruzou um pequeno leopardo asiático (de Bengala - região que abrange a Índia e o Bangladesh) com um gato doméstico. Embora a experiência não tivesse obtido o êxito pretendido, a verdade é que nascia assim uma nova raça de gatos. Foi preciso algum tempo para apurá-la: graças ao cruzamento de exemplares de gatos de Bengala com gatos com um carácter alegre e bastante dócil como o Abissínio e o Egyptian Mau, atingiu-se um equilíbrio e o standard da raça, a qual foi reconhecida por todas as federações felinas em 1991.

 

Metade gato, metade felino selvagem, não é o típico gato doméstico, embora se afeiçoe a um membro da família e possa ser muito dócil. Porém, ficam já avisados: tem as garras sempre prontas... É o gato ideal para quem é livre (aquela liberdade que vem do interior, entenda-se) e não se importa nada com a mobília. É o verdadeiro gato para quem ama os gatos: orgulhoso, independente mas ao mesmo tempo amável, quando assim o decide. A paciência é um requisito obrigatório para quem pretender como companheiro um Bengala. Deve dedicar-lhe muita atenção e ser muito ativo, correndo, lutando, e jogando às escondidas com ele, de outro modo aborrece-se e sabe-se lá as consequências que advirão daí.

 

Trata-se de um gato de tamanho grande, podendo atingir os 10 kg (macho) e os 6 kg (fêmea). Mantem certas características dos seus antecessores selvagens: cabeça pequena e alongada, orelhas largas na base, ponteagudas, bigodes longos. Os olhos são grandes e ligeiramente amendoados, podendo ser de várias cores, embora os gatos com olhos de cor ouro escuro como os leopardos, sejam os mais apreciados. As patas posteriores são mais compridas do que as anteriores e muito mais musculosas, sempre prontas para efetuarem saltos "acrobáticos". A cauda é curta e arredondada, com ponta de cor preta, bem como as pontas das patas. O manto de pelo é muito curto, incrivelmente macio, podendo apresentar as variedades brown ou black spotted tabby e snow leopard. De qualquer modo, as manchas de leopardo é que rendem esta raça única e são a característica que mais a distingue.

 

Ama a água, sendo um excelente nadador. O seu desporto favorito, como facilmente se depreende, é trepar às árvores e caçar. Por conseguinte, será desejável tê-lo numa casa com um quintal onde  possa, em segurança, exercitar-se. Se tiver de ficar dentro de casa, há que dotá-la de uma enorme quantidade de estímulos: bolinhas, peluches, rolhas de coriça atadas a cordéis, entre outros. É um solitário e muito territorial, pelo que não se dará bem com outros gatos nem com um cão, ou melhor, o pobre cão será um mártir. Em termos de alimentação, prefere alimentos frescos, de preferência peixe, carne de vaca ou frango, mas tudo "mal-passado".

 

O gato Japonese Bobtail

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Japonese Bobtail é um gato apropriado para os humanos que buscam a felicidade. É compatível com  todo o tipo de humanos, conseguindo fazer emergir o melhor das pessoas, como grande filósofo que é e vendo nelas sempre algo de positivo, mas dá-se particularmente bem com os otimistas, artistas e espiritualistas. Um "belezoca", com a sua cauda em forma de pom-pom, muito inteligente e com um caráter benévolo e muito sociável. No Japão é considerado um verdadeiro amuleto, trazendo alegria e prosperidade às casas de quem o acolhe com amor e respeito. Por conseguinte, empresta os seus dons às simpáticas estatuetas Maneki Neko, do gatinho sentado com uma patinha levantada que parece saudar ou chamar, atraindo a Fortuna, pelo que se encontram espalhadas em todos os restaurantes, lojas e casas japonesas (e agora também um pouco por todo o mundo). 

 

Os Maneki Neko já durante a Dinastia Meiji, na segunda metade do século XIX, eram de tal modo populares ao ponto de serem vendidos fora dos templos. Existem mesmo três lendas ligadas à sua criação: uma delas refere que um homem muito famoso (um samurai, um nobre ou até mesmo o próprio imperador), ao passar por um gato que lhe acenava, desviou-se da estrada para observá-lo de perto, escapando assim de uma emboscada de malfeitores que queriam matá-lo. A segunda lenda conta que uma prostituta vivia com um gato, o qual uma noite impediu-a de exercer a sua prática, pelo que o proprietário do bordel decapitou o gato com uma espada mas que mesmo assim ferrou os dentes numa perigosa serpente, salvando a vida da sua humana. Um cliente, para consolar a rapariga, modelou em cerâmica um gato protetor, que desde então a avisou dos perigos que corria. A terceira lenda conta a história de uma velha viúva, que um dia se viu obrigada a vender o seu gato para mitigar a fome. O gato apareceu-lhe em sonho para saudá-la e a velha senhora plasmou no barro essa imagem do seu amado gato. Um dia um comerciante passou diante da sua casa e viu a estatueta, tendo encomendado outras semelhantes. Rapidamente a mulher ficou rica com a venda das estatuetas, tendo terminado os seus dias de forma muito confortável.

 

Embora japonês, o Bobtail provém originalmente da China, tendo sido levado para o Japão por volta do ano 1000. Os primeiros exemplares possuiam uma cauda muito curta, o que o tornou subitamente popular entre a nobreza, que os consideraram desde logo portadores de boa sorte. Segundo a mitologia nipónica, os demónios podiam transformar-se em gatos de cauda longa biforcada, sugando a energia vital dos humanos como se fossem vampiros. Esta crença levou, de facto, a muitos humanos cortarem a cauda aos seus companheiros gatos para evitar que estas se tornassem biforcadas, sinal de que se haviam transformado em demónios. Ora o Bobtail com a sua cauda naturalmente muito curta, não corria esse risco, razão pela qual se tornou muitíssimo apreciado, sendo imortalizado em diversas pinturas. A sua enorme fama contemporânea no Japão e no Ocidente deve-se a uma japonesa que tomava conta de gatos de rua, começando a escolher umas dúzias de gatos de cauda curta para iniciar uma seleção. Em 1968 enviou os primeiros exemplares a Elisabeth Freret, uma criadora norte-americana, do Maryland, e em breve muitos outros criadores americanos tornaram-se apaixonados pela raça, a qual foi reconhecida em 1976. Na Europa é ainda uma raça rara e cara.

 

O Bobtail é um gato de corpuratura média, com uma ótima musculatura que o torna mais pesado do que parece. As patas são longas e afuniladas, sendo as anteriores mais curtas do que as posteriores. Os pezinhos são ovais e pequeninos.Tem uma cabeça cuniforme, com grandes orelhas direitas e ponteagudas, nariz longo, olhos amendoados, grandes e muito expressivos. A cor dos olhos varia consoante a cor do manto de pêlos, muito subtis e macios, e que pode ser branco, preto, tartaruga, avermelhado e bicolor. Sendo uma raça natural, não são admitidos cruzamentos com outro tipo de gatos, afim de preservar a pureza genética.

 

Adora a companhia dos seus humanos, tolerando igualmente outros gatos ou até cães, que podem perfeitamente constituir os seus companheiros de brincadeira na ausência dos humanos. Responde quando o chamam, e o nome que lhe for atribuído deverá ser poético e encantador como o seu portador. Aprecia imenso a água, pelo que se houver um aquário, passará muito tempo a contemplar o  movimento "Zen" dos seus habitantes. Embora se adapte à vida de casa gosta mais do ar livre, deste modo, um jardim com qualquer cerejeira será ideal. Cuidado com a sua linha: é um comilão. O peixe (em todas as formas) é o seu alimento favorito. Se só lhe derem ração também a comerá, desde que seja de ótima qualidade, mas ainda assim sob protesto. E com tons de voz tais que nos incutirão inevitavelmente sentimentos de culpa, somente exorcizados com uma ida à peixaria.

O gato Ragdoll

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É absolutamente belo e adorável,  um companheiro ideal para quem, como eu, adora peluches. Ele próprio parece um peluche. A sua raça é de origem americana, fruto de um cruzamento de uma gata branca Angorá chamada Josephine. A primeira criadora foi a senhora Ann Baker, da Califórnia, que em 1975 fundou a  IRCA – International Ragdoll Cat Association. A raça foi designada “Ragdoll” devido ao facto de que, quando se encontra num estado de completo relax, o gato assume posições curiosas como se fosse uma boneca de pano (“ragdoll” em inglês).

 

É um gato extremamente dócil, que quase se esquece que possui garras. Procura constantemente os mimos dos seus humanos: ama ser agarrado e mantido nos braços, onde se abandona e fica mole como uma gelatina, ronronando de plena satisfação. Se o elogiam e o chamam com nomes carinhosos, responde com uma “vozinha” em falsete, grato por toda a atenção que possa receber. Suportará qualquer incómodo, desde que possa estar sempre junto do seu humano preferido, sendo um dos poucos gatos que pode ser adestrado para sair à rua e caminhar com a trela. De natureza tranquila, muito paciente e seráfico, é de grande utilidade para a Pet Therapy, beneficiando especialmente os idosos doentes, as crianças problemáticas ou portadoras de deficiência, e em geral, as pessoas com distúrbios psicológicos. Detesta estar sozinho, por isso se não é possível trabalhar em casa, o melhor é arranjar-lhe um companheiro, que pode ser um cão na condição que seja igualmente muito tranquilo. No mínimo, compre-se-lhe um peluche semelhante a ele.

 

Possui um corpo longo e robusto, revestido por um manto de pêlo espesso de comprimento médio. A cabeça é ligeiramente cuniforme, com olhos oblíquos de cor azul e nariz curto. As patas são de tamanho médio e os pés muito largos e redondos. O corpo termina numa cauda longa e bem proporcionada. Existem três diversas combinações cromáticas de pêlo: Bicolor de cor pálido, com focinho, orelhas e cauda escuros, e pescoço, peito e patas brancas; Colourpoint, com o corpo de cor pálida com zonas escuras; e Mitted, como o precedente mas com o peito e pescoço brancos e patas claras. As cores dominantes são: o castanho-foca, o chocolate, o azul e o lilás.

 

Convém ser escovado regularmente (coisa que adora, pois deste modo torna-se o centro das atenções), para manter o manto de pêlo limpo e sedoso. Uma vez agradado de um alimento, não quererá outro, pelo que deve ser habituado desde gatinho a uma alimentação variada. O seu peso necessita estar sob controlo, pois apesar de comer pouco tem tendência a engordar. Não é que seja propriamente preguiçoso mas é menos ativo e gosta de poupar energia. É igualmente importante monitorizar bem as suas eventuais saídas de casa, porque a sua excessiva confiança nos humanos, imprudência e distração, não lhe permite aperceber-se dos perigos que corre na rua.

 

O gato Sagrado da Birmânia

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O gato Sagrado da Birmânia ou Sagrado de Burma é o gato ideal para humanos inteligentes, curiosos, otimistas, sociáveis e joviais, amantes do desporto sem exageros e do shopping.  É um gato magestoso, imponente, elegantíssimo. Não tem qualquer problema em socializar com as visitas da casa, e dá-se bem com as crianças, com quem gosta de brincar.  Uma das suas caraterísticas mais marcantes, para além da sua beleza exótica, é o seu caráter maravilhoso. É um gato muito equilibrado, de índole tranquila, o que não o impede de ser um grande brincalhão e de se empoleirar nos sítios mais impensáveis.  Os seus modos graciosos, dignos da realeza, são encantadores. Os machos são um verdadeiro exemplo de cavalheirismo felino: antes de começarem a comer esperam que sejam os gatinhos e as fêmeas  a servirem-se primeiro. 

 

Adapta-se bem à vida dentro de casa, mas o ideal é que a casa disponha igualmente de um jardim espaçoso. A sua forte personalidade não é obstáculo a uma sã convivência com outros animais, nomeadamente cães. Com os seus humanos demonstra-se muito afetuoso e fiel, sendo um perfeito companheiro para pessoas idosas. Desde tenra idade é a jovialidade em forma de gato. A sua vivacidade não esmorece nem mesmo na idade adulta. É “falador” e curioso, e adora ser mimado pelos seus humanos.

 

São de tamanho médio, pesando 6 a 7 kg, os machos, e 4 a 5 kg as fêmeas. A sua corpuratura é maciça mas não robusta. Apresentam um manto de pêlo semilongo, macio e sedoso, de cor creme com reflexos dourados, e tons mais escuros de cor castanho na cauda, patas, focinho e orelhas.  Tem uma cabeça ligeiramente redonda, com umas orelhas pequenas  com pontas arredondadas, e uns belíssimos olhos grandes e amendoadas, de um azul intenso. A cauda é longa e as patas curtas e robustas, com caraterísiticas patas com “luvas” brancas.  As cores admitidas são as tonalidades da cor colour point e as cores base seal, lilac, chocolate, cream. Convém escovar o seu manto de pêlo pelo menos duas vezes por semana, e diariamente durante a muda. Se o convidarem para tomar um duche convosco, não se fará rogado, pois adora água. Em termos de alimentação, tolera bem a ração seca durante o dia, mas à noite prefere comida fresca como carnes brancas ou peixe acompanhados de verduras cozidas a vapor. É aconselhável dar-lhe um multivitamínico enquanto gatinho (até a um ano de idade) e em adulto apenas nas ocasiões de muda ou de stress.

 

Qual a origem desta magnífica raça de gatos? Existe mais do que uma versão. Uma delas é baseada na lenda dos gatos guardiões do templo de Lao-Tsun,  já referida anteriormente.  Outra versão refere que em 1919 o monge Yotag Rooh-Ougji do templo de Lao-Tsun deu de presente um casal de gatos a August Pavie, um oficial francês, e a Russell Gordon, um oficial inglês, por estes terem ajudado os monges a evitar um saque do templo durante uma revolta popular.  Maldapur, o macho, não resistiu à viagem. Sita, a fêmea, que partira da Birmânia já prenha, conseguiu chegar a França onde teve a sua primeira ninhada. Os gatinhos foram designados Sagrados da Birmânia, para não serem confundidos com os Burmeses, que em tempos foram igualmente designados Birmanos por via da sua origem.  Uma outra versão aponta para um cruzamento que foi feito entre um gato Angorá de cor branco com olhos azuis ou um Persa com o focinho pouco achatado, com um Siamês. Esta versão é mais aceite sob o ponto de vista científico, já que o gato sagrado da Birmânia possui um gene chamado “Himalaiano” que lhe confere o manto claro com as pontas mais escuras. De qualquer modo,  a raça viria a ser reconhecida em França em 1925, Na Grã Bretanha em 1966 e nos Estados Unidos da América em 1967.

 

O Gato Azul da Rússia

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O gato Azul da Rússia é um companheiro ideal para humanos  discretos e respeitosos da privacidade alheia, gentis, que amam a tranquilidade e serões defronte a uma lareira com um bom livro. É um gato afetuoso e tranquilo que tende a ligar-se profundamente a um humano em particular, quase com devoção. Particularmente sensível aos estados de alma do seu humano, é capaz de compreender quando é o momento de se manter afastado, mas quando percebe que o seu humano está triste irá de certo consolá-lo com o seu doce ronronar. Detesta barulho e confusões, e perante visita de pessoas estranhas comporta-se com timidez e desconfiança. Adapta-se bem à vida em apartamento desde que o deixem tranquilo, não se importando nada de ficar sozinho por algumas horas. Curiosamente, enquanto gatito é um verdadeiro "furacão", alternando períodos de vivacidade em que corre, salta, brinca e trepa para lugares humanamente inacessíveis, com longas sonecas, fundamentais para recarregar as baterias e recomeçar uma nova jornada de jogos e brincadeiras.

 

De onde vem este magnífico gato de pêlo cinzento-azulado e de intensos olhos verdes que conquistou até os sofisticados Czares? É um gato "antigo" que acompanha as populações russas há mais de mil anos. Porém, esta raça natural é originária provavelmente do norte da França ou dos países flamengos. Foram usados como hábeis caçadores de ratos na época medieval. Ao que parece marinheiros levaram-nos nos navios e desembarcaram-nos no porto de Arkhangelsk na zona setentrional da Rússia, tendo-se difundindo bem por todo o país. Sabe-se, por exemplo, que em 1850 o Czar Nicolau I possuia alguns exemplares na sua corte, sendo para ele companheiros inseparáveis que amava e viciava. Concedia-lhes inclusivamente o privilégio de dormirem com os seus filhos, pois começara a surgir a crença de que estes gatos possuiam a capacidade de manter afastados das crianças os espíritos malignos. 

 

Por volta de 1860, foram levados alguns exemplares para Inglaterra e para outros países do norte da Europa. A rainha Vitória de Inglaterra tornou-se particularmente afeiçoada a esta raça e, por conseguinte, parte do seu sucesso em terras de Sua Magestade deveu-se a ela. Nos inícios do século XX alguns exemplares estiveram presentes na Exposição do Crystal Palace de Londres mas somente a partir de 1912 é que a raça veio finalmente a ser reconhecida. A Segunda Guerra Mundial teve um efeito devastador também para esta raça que quase arriscou a extinção. Uma seleção com cruzamento de exemplares Azul da Rússia com Siameses blue point criou um gato com caraterísticas mais orientais. Felizmente a partir de 1966 surgiu de novo a ideia de recuperar os standard originais da raça que hoje se encontra estabilizada.

 

É um gato de tamanho médio, pesando 4 a 5 kg (machos) e 2-3 kg (fêmeas). É elegante, com uma estrutura óssea ligeira, cabeça pequena e cuniforme, orelhas altas, largas e arredondadas na ponta. Os olhos são distanciados, grandes e amendoados, de cor esmeralda e brilhantes. Apresenta um manto duplo de pêlo curto e espesso, de cor azulada uniforme e com a ponta dos pêlos superficiais com reflexos prateados. As cores admitidas são o clássico cinzento-azulado, mas também existem seleções de cor preto e de cor branco. Em adulto, sobretudo se for castrado, é necessário limitar-lhe a ração de comida, pois o seu carácter tranquilo e um tantinho "preguiçoso" e a sua gula poderão fazê-lo engordar uns quilitos a mais. Não é necessária uma dieta particular, basta uma ração seca e húmida de boa qualidade, ou então alimentos frescos de preferência carne branca ou peixe cozido a vapor e algumas verduras, com um punhado de arroz. Devem-se variar diariamente os ingredientes para habituá-lo a comer um pouco de tudo. Para contornar a sua tendência a engordar, é pertinente dar-lhe pequenas porções de comida distribuídas ao longo do dia.

 

 

Gatos cor de chocolate

 

 

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Adoro chocolate! É um daqueles prazeres terrestres a que não consigo próprio renunciar. Além do mais, graças às suas propriedades capazes de estimular a serotonina, uma das nossas hormonas da felicidade, tem sido um “amigo” nas horas incertas, conduzindo-me a maravilhosos estados “zen”, ainda que efémeros. Os gatos são particularmente peritos em agraciar-me com tal efeito. Que melhor aliança poderia então existir senão aquela de um gato cor de chocolate? Nesta ordem de ideias, um meu futuro companheiro gato poderia muito bem ser um York Chocolate.

 

O York Chocolate é um gato maciço, com patas compridas mas sólidas e uma longa cauda farfalhuda. Possui uma cabeça arredondada e olhos amendoados de cor verde e amarelo ou de cor avelã claro. O seu manto de pêlo é semi comprido e espesso. Podem variar entre a cor chocolate mais ou menos escuro e o “chocolate de leite”, ou seja, cor chocolate e branco. De caráter alegre e equilibrado, dá-se bem com todos os membros da família, incluíndo um cãozito ou um outro gato, desde que submissos. Adora os humanos. Aliás, segue o seu humano como uma sombra e é curioso sobre todas as suas atividades domésticas. É preciso ter cuidado com os pés quando se está na cama. Basta um movimento e... zás, tornam-se imediatamente uma fonte de divertimento para o nosso amigo peludo, que é um brincalhão nato. Embora muito sociável com a família, é um tantinho desconfiado com as visitas. Não gosta do frio, pelo que durante o inverno é bom que em casa haja uma lareira ou um eficaz sistema de aquecimento e muitas cobertas quentinhas. É muito vaidoso, e se for escovado amiúde não se importa nada, antes pelo contrário, ronronará com muito agrado. Para satisfazer o seu apetite, carne picada sob a forma de hamburguer é obrigatória, e também um pouco de peixe.

 

Como surgiu a raça York Chocolate, cujo nome deriva da “Cidade que nunca dorme” e da cor da tão amada iguaria? É originária de um “amor fortuito” em 1983, entre uma gata americana de nome Blacky, de cor branco e preto (a sua humana era a senhora Janet Chiefari), e o Smokey, o gato preto dos vizinhos. Desse encontro fugaz nasceu a Brownie, uma gatinha de cor chocolate. A partir daí foi iniciada uma seleção rigorosa de apuramento, até que esta raça “moderna” fruto do acaso foi reconhecida nos Estados Unidos em 1993, e uns anos mais tarde na Europa.

 

 

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