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VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

VELHO GATO SÁBIO

Os gatos são uma fonte inesgotável de conversa para quem, como eu, há muito se rendeu completamente à sua sublime beleza e ancestal sabedoria...

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Citação sobre gatos em destaque

“Eu poderia viver sem muitas coisas neste mundo. Mas não poderia viver sem a delicadeza e subtileza dos gatos” Amara Antara

Vai dar banho... ao gato!

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Dar banho ao gato, significou quase sempre para mim tomar mais banho eu do que ele. Antes de mais, havia que preparar tudo em segredo caso contrário demoraria horas infinitas à procura do “fugitivo”. Pressentia logo que chegara para ele o dia “fatídico”! Depois tinha de colocar em marcha toda uma complicada operação de, com uma mão segurar bem o gato que, naturalmente, fazia de tudo para escapar a partir do momento em que eu abria a água, e com a outra proceder às lavagens. Pelos miados de protesto, alguém de fora poderia pensar que se tratasse de um ato de malvadez.

 

A questão que nos pode vir à mente é: deve-se ou não dar banho aos gatos? É verdade que eles são muito escrupulosos com a sua higiene, dedicando muitas horas por dia a minuciosas “auto lavagens”. Também é de considerar o facto de que dispõem de um estrato lípido sobre a pele que a protege, pelo que o banho poderá removê-lo e deixar a pele seca e exposta a dermatites e parasitoses. Contudo, nem sempre os gatos conseguem limpar-se sozinhos, e sobretudo para aqueles sortudos que podem gozar de algumas horas ao ar livre no jardim da casa dos seus humanos, por vezes o banho torna-se um must. Nada de exageros, porém. Apenas se deve dar banho aos gatos quando é estritamente necessário.

 

É certo e sabido que uma boa parte da população dos pequenos felinos tem medo da água, pelo que o banho pode ser uma experiência traumática para eles. Outros, pelo contrário, parecem gostar de brincar com a água. É tudo uma questão, não só de predisposição genética mas também de hábito. Se forem habituados desde tenra idade a um contato gradual e suave com a água, em breve o banho deixará de ser um drama.

 

É melhor dar-lhe banho numa bacia suficientemente larga, com um tapete antiderrapante colocado no fundo para ele não escorregar. Ou então no lavatório. Geralmente a banheira assusta-os muito mais. Não é preciso encher a bacia com água, basta um bocado de água quente. Se optarmos por utilizar o chuveiro é importante certificar que a pressão da água é baixa e que a água não sai demasiado quente nem fria. Após agarrar e colocar o gato com muita delicadeza dentro da bacia, começa-se a molhá-lo lentamente. Pode-se usar um champô específico para gatos ou então recorrer ao champô  para bebés. Nunca se deve utilizar os champôs dos adultos, que são demasiado agressivos para a pele dos gatos. Ensaboa-se delicadamente com pequenas massagens e tendo muito cuidado com os olhos e as orelhas. Para lavar o focinho pode-se usar um bocado de algodão embebido em água tépica com um tudo de nada de champô. Depois é só enxaguar bem com água tépida (repito: muita atenção aos olhos e às orelhas, evitar ao máximo que entre água sobretudo dentro das orelhas), repetindo a lavagem se necessário para remover bem toda a sujidade. Na última enxaguadela, se derramarmos um copo de água com uma colher de vinagre de maçã, os resíduos de champô serão mais facilmente eliminados.

 

Após o banho deve-se envolver bem o gato numa toalha ou pano quentinho e começar logo a enxugar o pêlo. Durante o inverno, é aconselhável colocá-lo junto de um aquecedor ou lareira acesa para não apanhar frio e evitar que a humidade lhe cause problemas de saúde. No caso dos gatos de pêlo comprido pode ser necessário usar o secador, a uma temperatura média e direcionado para o lado contrário àquele do pêlo, penteando-o à medida que ele for enxugando. Cuidado para não enervar o gato. Por conseguinte, as suas zonas mais sensíveis como a barriga, as patas posteriores e a cauda, devem ser enxugadas em último lugar.

 

E que tal preparar em casa um champô seco a baixo custo, e o qual pode ser utilizado de tempos a tempos para manter o manto de pêlo limpo, sem necessidade de um banho? Basta espalhar no manto um bocadinho de bicabornato de sódio e depois escovar bem, ou em alternativa, usar farelo de trigo aquecido no forno a 150◦C durante 20 minutos e depois deixar arrefecer.

 

E agora só me resta dar os créditos a quem de direito, por estes bons conselhos em que me baseei, acrescentando, obviamente, o meu cunho, observação e experiência pessoal: AAVV, Enciclopedia del Gatto, Rusconi Libri, 2013. Se tivesse lido um guia prático como este há mais tempo, teria poupado a mim e aos meus antigos companheiros gatos muitos equívocos.

Companheiros cibernautas gatófilos em destaque este mês:

Associazione Gatti d'Italia

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